Iva's place

Aqui, fala-se de amor...esse sentimento louco que mexe cá dentro e nos faz vibrar de emoção.

Seja curto ou duradouro, dele todos queremos um pouco ou não pule cá dentro o coração!

Bem-vindos!

Iva*

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

domingo, 30 de dezembro de 2007

Falta de ti

Assombram-me pedaços, memórias de tempos idos
Penso nos pequenos momentos partilhados
E esqueço os pedaços despedaçados
do coração que tu fizeste partir ainda mais,

Mas és um dos comuns mortais
daqueles pobres que foram magoados
e que simplesmente atiram bocados
de vidros partidos
a quem de ti se aproxima

E com essa dor
Construiste a minha sina
amei-te infeliz sem destino
a ti, que não és mais que menino,
mas não foi esse amor
suficiente para vencer a tua dor!

Agora estou triste sem ti,
abandonada,
tentando agarrar-me a tudo,
sentindo pouco mais que o nada...!


Iva Filipa, 30-12-2007



Para com os meus botões...


Há pessoas que sofrem sem sentir, eu sinto... porque sofro e porque sei qual é a causa deste meu sofrimento!

Adeus, Toledo!


O postal que me mandaste de Toledo, lembras-te? Aquele que dizia que querias visitar Toledo com neve (sempre soubeste que eu adoro neve!), lembras-te? O que estava no meu placard...? Acabei de o tirar e guardar!

Ao menos que estar a pé a estas horas sirva de alguma coisa. Quase posso dizer: já eras!

Não entendo a tua mensagem semi-carinhosa e preocupada: "não tens dormido bem, pois não? eu sei que não, não digas o contrário" - se calhar compreendi mal o tom da mensagem.

Anyway... o postal? Já era! Guardei-o na gaveta! Desapareces pouco a pouco...

Toledo...? Guardei!

Acho que começam a sarar...


... as minhas feridas, digo.


A partir do momento em que um comentário de outro homem te chama à atenção (e não estou a dizer que ficasse interessada, não foi o caso)...


Mas a partir do momento em que o comentário de outro homem te chama à atenção, isso quer dizer que as tuas feridas começam a sarar... estás a ficar pronta para partir, com ou sem as malas arrumadas. Hoje senti isso. Sinto que estou pronta, quase, quase, quase pronta...


Palpita-me que se algum dia a tua "conversa pessoal" quiser tomar lugar, terás de a ter PESSOALMENTE SOZINHO. Depois chora.


Chora muito! Chora por aquilo que não tiveste! Chora por aquilo que podias ter tido! Chora por mim, que me perdeste e que te podia ter feito verdadeiramente feliz. E eu sei que tu sabes isso! Tu sabes que eu te toquei na alma e te entendia a 100% e estava sempre ali para ti.


Tiveste muitas oportunidades e sempre me magoaste...! MUITO! E FIZESTE POR ME MAGOAR SEMPRE MUITO MAIS. Medo? Tu? E eu, não?? Mais do que tu! Por muitos mais motivos que tu!!! Mas levnatei-me e caminhei e POR TI TERIA TIDO CORAGEM PARA TENTAR... UMA VEZ MAIS!!!


Chora. Sozinho. E agarra-te bem à cadeira em que eu devia estar sentada, pois será a última coisa que terás, com certeza, de mim: a minha ausência!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Na minha ilha...


Às vezes dá-me raiva, muita raiva!!!

Que é que eu fiz de errado para as coisas nunca darem certo comigo? Será que trato bem demais as outras pessoas, em especial os homens? O que é que eu tenho ou fiz de errado?

Às vezes dou por mim a pensar nisso...

Às vezes também percebo que as pessoas não percebem por que motivo me isolo e não me apetece falar com ninguém. Simplesmente tento isolar-me para apagar as coisas tristes, ams torna-se muito difícil. Há coisas que doem muito mais fundo do que tições em brasa a queimar até chegarem ao osso. E isso simplesmente não se consegue explicar. Sente-se.

Costumava isolar-me numa península, agora estou fechada numa ilha para a qual não há ferry, nem bote, nem electridade, nem telefone....

Sou apenas eu e eu. E nem tu nadarias assim tão bem para cá chegar. Só com muita força de vontade, um amor puro e muito amor por mim no coração. Por isso digo com todas as palavras: assim sendo, afogar-te-ias logo que molhasses o dedinho grande do pé...

Um Natal especial para todos...


... menos para mim, da tua parte.


Pelos vistos até às formandas mandaste mensagens. E a colegas, etc, etc... a toda a gente, menos a mim. Tenho a certeza que fizeste de propósito - tinhas de ter a certeza que eu sabia que mandavas a toda a gente menos a mim! - para me magoares ainda mais. Como se fosse possível!!!


Chega a um ponto em que a dor é tanta que é impossível sentires mais dor - ficas simplesmente dormente! Foi assim que eu fiquei.


Até mandaste mensagem aos miúdos da tua ex-turma - mandaste um cd por correio, com vídeos, músicas e imagens deles. Ou seja, quando queres e com quem queres és capaz de grandes feitos. Chegas mesmo a ser carinhoso. Isso já diz muita coisa! Mas eu não sou como tu.


Não estou arrependida de te ter incluído na minha lista de pessoas para quem fiz um vídeo especial de Natal. Um dia, mais tarde, quando olhar para trás não me vai doer nem pesar no coração as coisas que não fiz, as pessoas que não amei... já tu...!


"Temos pena!" Cada um recebe de volta aquilo que plantou!!!

Longe do mundo, mas...

... perto de ti?

E eu sei que isto um dia irá passar. Tem de passar! Estou a esforçar-me por isso... Tenho de conseguir!

"Vida esquecida, aqui ao orar... longe do mundo... " e longe de ti....

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Como esquecer um grande amor?


Escreve-se acerca dele.

Foi por isso que iniciei este blog-diário online:

na esperança de ultapassar toda esta fase buscando, em simultâneo a compreensão e palavras amigas de quem não me conhece nem conhece a "nossa" (poderei dizer nossa?) história.


Quem a conhece já não quer ouvir falar dela. Eu própria já não me quero ouvir falar dela. Estou triste, infeliz, magoada...


Agora ponho a máscara de "eu já te ultrapassei", mas é isso que é - apenas uma máscara. Ainda moras dentro do meu coração.


Espero em breve poder dizer que já não me lembro de ti. Tenho-me esforçado, cada vez com mais força!, para esquecer-te. Porém não há receitas mágicas, não há! Parece uma dependência de drogas, mas até isso se ultrapassa...


Mas também tenho de confessar que ainda alimento a vaga e ilusória esperança de um dia chegar aqui e dizer que estamos juntos. Juntos a sério!


Como esquecer um grande amor?

Escrevendo sobre ele.

Então eu estou a dar-te demasiada importância escrevendo sobre ti.


Mas para mim sempre foste assim: sempre tiveste demasiada importância, como os raios de sol no final de tarde de um friorento dia de chuva...

Our Own Story...


Burrice ou algo mais que isso


Como pude algum dia pensar que tinha tido alguma importância para ti?

Como pude algum dia enganar-me e pensar que o apoio que te tinha dado quando mais precisavas tinha valido de alguma coisa? Como pudeste agir assim comigo? Como me pudeste magoar assim?

Como pudeste passar por cima de todos aqueles pequenos e inocentes momentos que partilhámos a dois vezes e vezes sem conta ao telefone, no cinema, a sós em casa, nas idas às compras, no trabalho...?

Se calhar não contaram por terem sido inocentes, não é...?

Agora é tempo de lamber as feridas, deixá-las sarar e apagar os últimos dois anos, desde o momento em que te conheci mas, especialmente, desde o momento em que comecei a sentir por ti algo mais que companheirismo de trabalho e isso há mais de um ano...

Mãos e lâmpadas...


A foto... um pedaço de mão a tocar-lhe... Como não fui capaz de ver isso antes?

Ambos com um ar muito feliz... apaixonado, diria eu, muito contrádio ao de uma das poucas fotos que tirámos, onde estavas com um ar super enjoado...

A mão, como fui capaz de não ver antes aquela mão a tocar nela?!

Agora já não interessa...

Levantei-me meio atordoada, meio enjoada por ter sido tão burra... e tão cega!!!
Ia tão irritada que quando cliquei o interruptor da casa-de-banho rebentei a lâmpada. Mais uma! Acontece sempre que não consigo controlar as minhas emoções... Sempre que estou muito triste, irritada ou desiludida ou as três em simultâneo.

Crak! A lâmpada rebentou... mais uma! E aquela mão ali colocada nela, naquela foto que eu já tinha visto... apenas mais uma!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O conto de bruxas mais longo do mundo...


"... tenho ciúmes quando alguém se aproxima de ti..."

"Ciúmes, porquê?"

"Porque acho que gosto de ti...!"

(...)

"Pois, então temos que falar..."

E passaram minutos, horas, dias, muito mais de uma semana...

"Estás arrependido...? Do que disseste...?"

"Não e continuo a dizer o mesmo... acho que gosto de ti..."

"Mas nunca mais disseste nada... Pareces arrependido..."

"É melhor afastarmo-nos, não vá a flor amor renascer de novo..."

E passaram muitos, mas muitos mais dias...

Mas o príncipe e a princesa voltaram a aproximar-se, apesar do mau-olhado das muitas bruxas em seu redor...

"... quero viver a adolescência que nunca tive, por isso não quero compromissos, percebes? Pode ser que um dia me venha a arrepender, mas não quero relações antes dos 30 e só me quero casar aos 35..."

"... pois, mas isso não quer dizer que não queiras aventuras..."


(...)

E muitos, mas mesmo muitos mais dias passaram...

"... não estou arrependido do que disse nem da decisão que tomei. Por acaso seria agradável pensar que se me afastei foi porque vi que ele andava lá perto, não é?..."

"... partes do princípio que se tentasses alguma coisa comigo ias mesmo conseguir..."

"... ele é boa pessoa, por isso deixei-lhe o caminho livre... ele não consegue ninguém... beijo de um amigo às direitas..."

"VAI À MERDA!"

E as bruxas venceram no fim pois eles pouco se viram desde então e nunca mais falaram, com a excepção de meia dúzia de mensagens trocadas, quase todas de madrugada, tendo a iniciativa sido tomada pela princesa que mandou o príncipe à merda- O príncipe prometeu que iriam falar pessoalmente, aliás perguntou-o.

A princesa disse que falariam quando ele quisesse. E morreu à espera dessa conversa pessoal onde o príncipe iria fazer os comentários que deixou por fazer nas mensagens.

E aí as bruxas fizeram uma enorme festa e riram "à brava" pois eles nunca mais falaram e foram infelizes para sempre - a princesa teve sucesso na carreira, tornou-se escritora, mas viveu sempre solitária. Um dia achou que estava a mais neste mundo e suicidou-se. Era ainda muito jovem. Nem 30 anos tinha. Ninguém deu por nada.

O príncipe teve aluns percalços iniciais na sua nova carreira profissional, fora do seu país, mas até acabou por ter algum sucesso. Depois conheceu uma puta e casou-se com ela pois queria uma família e, além disso, já tinha 35 anos. Deu o seu nome a muitos filhos, de muitos homens, pois a sua infiel esposa nunca teve um único que fosse seu. Para sustentar a esposa, empenhou-se bastante.

Quando ficou falido e sem emprego, a esposa pô-lo fora de casa e ele ficou a viver sozinho e morreu sozinho, com quase 120 anos de idade.

E as bruxas ainda hoje riem destes dois - o Príncipe Medricas e a Princesa Orgulhosa pois nunca na história da Humanidade houve uma história tão triste e infeliz (nem tão fácil de resolver como a destes dois - bastava ela deixar o orgulho de parte e ele abandonar o medo).

E ainda hoje se ouvem as bruxas rir sempre que um cavaleiro amador pensa em rumar a terras de Ferreira...


Vais partir?


Boa viagem!

Sempre ouvi dizer que há mais marés que marinheiros e tu há meses que não estás aqui...

Conversas fictícias... e pessoais de fazer partir um coração inexistente!



Finalmente lembraste-te de que me tinhas perguntado "falamos pessoalmente"!





Cheguei ao café combinado e tu falaste, falaste, falaste...





Blá blá blá para aqui, blá blá blá para ali...


Coiso e tal, bago de uva... blá blá blá...





Resumindo (e a rosa estão os meus pensamento-comentários à palestra dele):





"ah e tal, não me arrependo da decisão que tomei (estás a tentar convencer-te a ti ou a mim?!). Estou bem assim (ai sim?! Não pareces! Não páras quieto na cadeira). Não queria estragar a amizade (mas qual amizade?! Não falamos há quase 4 meses... nem bom natal me desejaste... qual amizade?)"...





"vou para fora do país... blá blá... novas oportunidades... blá blá... não me quero prender aqui.. blá blá... quero a adolescência que nunca tive... (onde é que eu não ouvi já isto antes?! Mas da última vez estava calor, era Verão e estávamos na praia....!)... Não é que não queira uma família, mas... (pois, pois, a seguir vais dizer que o problema não sou eu, és tu!)... o problema sou eu... quero liberdade... (oh, sim, desculpa, xipe! Não reparei que te estava a agarrar na perninha e que o meu super-hiper-mega-grande cabedal te impedia de fugir...)"...





blá blá beeeeeláaaaaaaa.... (a falar em câmara lenta!!!)





"... e achei que gostava de ti, mas... e não me arrependo do que disse, mas... "





blá blá blá...





"...compreendes?"





- (silêncio)





"estás a ouvir-me?..."





(de novo não respondi)





"... ouves-me?..." (pergunta ele a pensar que eu vou chorar - dream on, sucker! Querias era batatinhas com enguias, querias!!!)





Aceno finalmente que sim com a cabeça.





(Ele fica a pensar que estou em pleno estado catatónico, cega e muda de desgosto - TALVEZ, É POSSÍVEL!, mas isso nunca o saberás, não é - penso para com os meus botões, mas... UPS! Não tenho botões! Ah, que giro, nem coração! Que coincidência, não é?!)





Ficas com aquele ar meio apalermado (que por acaso nunca tiveste, isso é verdade - sempre pareceste culto, inteligente, seguro de si, um homem sério, um HOMEM com letras grandes, mas afinal... o que é um homem?)...





Olho fixamente para ti e respondo-te em pensamento (telepatia, lembras-te? No post anterior a este...?!)





"Os mortos não falam, Lipito! E foi isso que disseste a ti mesmo, não foi? Não foi disso que te tentaste convencer?!" - pauso por momentos neste meu monólogo-tentativa-de-diálogo telepático. Depois continuo "... e eu para ti estou morta, não estou? Como é que foi mesmo que eu acho que disseste?! Ah, pois! É verdade! «Relações para mim, nunca mais!!! Fechei a porta!» Mas a porta já estava fechada, não estava?! «Não, mas agora está encerrada!» LOL, digo eu. E não é o mesmo?!"





- Lota, mas não dizes nada?!





Olho-te fixamente nos olhos (nunca deixei de te olhar fixamente e penso para mim, dizendo-te em pensamento):





"Read my mind, Lipe: os mortos... não falam! E a morta aqui sou eu! Mataste-me para ti! Se eu falar e tu responderes, vão pensar que estás louco! E... nós não queremos isso, pois não, meu amor?! Ah, desculpa! Chamei-te "amor"? Mas que tão pouco original da minha parte! Se bem que duvido que o tenha chamado a algum dos meus ex-namorados (se o fiz, foi, com certeza!, por engano!)."...





- Pensei que era para falarmos e até agora não disseste nada. Limitas-te a olhar fixamente para mim com esses teus olhos bem abertos... Estou a fazer figura de parvo...





Continuo uma vez mais, sempre em pensamento...





"Ao menos não tenho a minha grande boca, cheia de dentes irregulares, aberta, pois não?! Sempre te fizeram impressão os meus dentes, não foi? Pois, não tive sorte de nascer com uns branquinhos, bonitinhos e direitinhos. Genética, baby! Mas estão limpinhos, limpinhos... mas não podes saber isso, pois não? Só provando... AH AH AH! Hoje estou deveras irónica! Só provando!!! Se me lesses o pensamento ainda pensarias que me estava a oferecer para me beijares... Nada disso! Sei lá eu já o que é um beijo!!! Também não me importo mais. Acredita, se quiseres! Quanto ao seres parvo... bem, não o foste quando te afastaste por, SUPOSTAMENTE, gostares de mim? Eu sempre achei que quando as pessoas gostavam uma da outra ficavam juntas. Afinal a primeira história que contraria essa tal de suposta teoria foi mesmo a minha... Tinha de me acontecer a mim..."





Levanto-me e preparo-me para sair da mesa deixando-te só no café, tendo um ataque de fúria. Os teus olhos atiram punhais que me acertam todos naquilo que já não possuo - o coração. Foste tu quem mo perdeu, lembras-te?! Dei-to a ti e perdeste-o, ou deste-o a outra pessoa pensando ser o teu suplente. Um coração suplente dá sempre jeito, não dá? Assim evita que partam e estraguem o verdadeiro, aquele que gostaríamos de ter sempre guardado, embrulhado ainda no papel de fábrica, limpinho e direitinho... como um sorriso Pepsodent! Mas o meu sorriso nunca foi assim... Genética, pois! Dizem que sim! E o meu coração já estava demasiado desfeito por ter, dentro dele, cozinhado muito amor, muita atenção, muitos mimos e muito carinho para quem amei. Mas tu não sabes disso. Alguma vez quiseste saber? Duvido! De certo nenhuma mulher diria a um homem que não era boa. Eu também não digo que sou má. Não sou. Se calhar fui boa demais para quem amei. Isso, sim!, é defeito.





Levanto-me em silêncio e repito as palavras que não consegues ler pois não estão escritas e tu, Lipe, não és telépata:





"Mortos não falam, Lipe. Tu mataste-me... no teu coração. Enquanto mulher, enquanto pessoa, até mesmo enquanto amiga... (Uma lágrima invisível corre-me pela face suave, terna e doce que já não tenho). Mortos não falam... Lipe... Não sabias? E tu voltaste a cometer o mesmo erro com as pessoas que te amam - não é por as tratares mal que elas vão deixar de te amar... sabias?! O amor verdadeiro nunca se apaga, apenas enfraquece e arde baixinho, em silêncio, dentro do coração (onde quer que ele esteja)... O meu...? És tu que o tens! Se te tivesses dado ao trabalho de espreitar lá para dentro já terias percebido que para ti sempre desejei (e continuarei a desejar!) tudo de bom. Porquê? Porque te amo... mas... os mortos simplesmente não andam por aí entre os vivos e ... simplesmente não falam..."





Volto costas e dirijo-me ao balcão para pagar. Encontro uma pessoa conhecida!





- Então, como é que estás, há muito tempo que não te via!!! - sou bombardeada.





- Muito bem, obrigada! Tu também estás muito bem...! - bombardeio de volta num tom de voz acelerado, enérgico e carinhoso.





Sinto os teus olhos, raivosos por eu não ter falado, cravados nas minhas costas como tições de ferro em brasa.





"Tu não irias compreender, Lipe. Não irias... Eu vejo o passado e vejo o futuro. Não o posso controlar... E tu sempre estiveste no meu futuro. Ainda estás. Com força! Como meu namorado, como meu marido, como pai dos meus filhos, como meu companheiro de vida. Sem divórcio! Até um dos dois falecer. E isso, meu amor... (faltam-me as forças, ainda que fale contigo apenas em pensamento e de costas para ti)... Isso... nem eu percebo"





Sais do café batendo com a porta. Dois minutos depois, não três minutos... (quero três minutos! É a conta que Deus fez, não é?!).





Três minutos depois saio eu do café... rumando em sentido contrário a ti, que vais bem longe, na avenida (pela primeira vez não trouxeste o teu carro até à porta de algum sítio...). Olho-te, de costas - sempre foste um homem bonito, não por fora, mas deixando antever o que está por dentro. Por fora também não és nada mau, mas essa é a beleza que se perde. É a outra que tens de conservar para seres feliz, sabias? Mas tu nem a ti próprio dás uma oportunidade...





Olhas-me também, quando eu não vejo e em simultâneo rompo em pranto, num pranto de lágrimas que sempre julguei já não conseguir chorar, sentindo dor dilacerante num coração que ofereci (que te ofereci!)... Choro e afasto-me, mas isso tu também não vês, da mesma forma que eu também não te vi olhar...





«Mortos não falam. E nós aniquilámo-nos... Já não seremos felizes separados um do outro, não é? Mas isso nenhum de nós sabia, pois é o Destino que fala agora em voz baixinha, de forma a que nenhum ouça...»





E foi esta a conversa fictícia que ouvi na minha cabeça e que teve lugar em sítio nenhum, numa hora inexistente entre duas pessoas que ... simplesmente já não se conhecem... duas pessoas que um dia trocaram olhares, pensamentos, ideias, uma vida em harmonia (coisa que eu julgara inexistente no Universo! - dois a pensar como um, a agir como um)... e agora são dois novamente, duas aliás.





Duas metades da mesma laranja - juntas, um fruto. Separadas - feridas ao ar, que irão apodrecer sem ser apreciadas... Afinal, quem come ou compra meias laranjas?!



(With all my love and grieve...
I.V.A.)

Ups, telepatia... ups, ups! FORÇA! PUM!



É só para te informar que passou mais um. UM!


(...)


«Falamos pessoalmente?»


«Quando quiseres.»





O pessoalmente irá ficar DEFINITIVAMENTE para o ano que vem e mesmo assim... Mas o teu "falamos pessoalmente" já tem quase um mês de vida. 22 dias, para ser mais exacta! Aliás, para ser exactíssima, 21 dias, uma hora e poucos minutos...!





Portanto, tudo me leva a concluir que o "teu pessoalmente" será/seria(?) apenas e simplesmente por telepatia, portanto deixa-me concentrar...





Concentrar...





Concentrar...





Puuuuuum!!! (peido sonoro, bem sonoro)





- Ups! Ai a feijoada!!!





Ok, deixa-me concentrar de novo...





concentrar.... huuuummmm....





concentrar.............





PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMMM (novo gás bem sonorizado, e mal cheiroso, muiiiiiiiiiito mal cheiroso)...





Ok, já vi que esta concentração não dá!





É a feijoada, sempre a feijoada!!!
Ah, mas desculpa, dizias...? Ah, pois claro! Falamos pessoalmente... pois, pois!!! Sim, claro!!! No lo credo, pero... Sim, sim, sim! Pessoalmente, claro.... hummm.... acredito!!!





PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMM!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Constatações


Umas vezes é importante...

Outras nem tanto...

Outras morre-se simplesmente um pouco mais por dentro.

De que falo? De ti.

Quem morreu um pouco mais? Eu!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Eu sei de cor...




MAFALDA VEIGA lyrics

Outro dia...


Passou mais um.

Ponto final.

Voltei


Depois de uma noite bem passada em família voltei ao meu mundo vazio.

Refugio-me novamente entre as prateleiras de livros e o computador, esperando um dia acordar deste pesadelo.

Não é o caso de estar ou de me sentir infeliz e deprimida.

Não devia ter nascido - é uma constatação.

O céu jamais seria menos azul, o Sol jamais iria brilhar um pouco menos.

Não tenho uma vida má.

Tenho amigos, tenho um trabalho de que gosto, mas falta-me em humanidade e toque humano aquilo que sempre (e mais) quis ter - uma família.

Gostava de me relacionar bem com os meus pais, de buscar e encontrar neles o carinho e, por vezes bastava um simples abraço!, de que tanto precisei e ainda preciso. Também gostava de ter a minha família e com um relógio biológico desperto há uns bons anos, torna-se ainda mais complicado.


Sinto-me completamente vazia e dou por mim como uma pessoa cada vez mais amarga, mais azeda e não consigo evitá-lo - falta-me o toque, a compreensão humana, os bons gestos que sempre julguei poder reconhecer no ser humano. Falta-me amor... falta-me alguém com quem posso sempre contar a qualquer hora - noite, madrugada, manhã... e se bem que isso pode funcionar assim na teoria, na prática jamais poderia ser assim. Por isso afirmo com toda a certeza - não devia ter nascido. A minha mãe devia ter feito um aborto. Eu não sou parte essencial de nada, só me sinto bem e feliz quando posso ajudar alguém, mas as pessoas safam-se extremamente bem sem mim e, por isso mesmo, não sou imprescindível para nada ou alguém, como sempre desejei ser.


E assim se encerra mais outra noite de consoada, em que novamente não pude colocar decoração de Natal, nem tão pouco fazer árvore. E era esta a minha época favorita... Agora é a que mais me dói e mais receio... Enfrento a minha própria e sombria solidão... E de ti nem uma mensagem. E por que é que isso já não me surpreende assim tanto? Mataste-me totalmente por dentro. Conversar? Pessoalmente? Para quê? Não vejo qualquer utilidade depois de nem feliz natal me desejares. Queres...? Vai-te embora então. Mata-te a ti também, comigo foste bastante eficaz. Já não acredito em nada.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal, Lipe



Que o passes acompanhado, em paz e rodeado de muito amor!
Nada mais te posso desejar!

Com todo o meu amor,

Iva.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Viúva...


VIÚVA. SOU VIÚVA.


Tu partiste para nunca mais voltar e eu fiquei viúva.

Agora vejo apenas o teu irmão gémeo, de vez em quando, mas ele não és tu.

Ele não é o homem-cara-metade por quem me apaixonei.

Esse parece ter morrido e eu fiquei viúva.

O outro pode ser igual a ti, usar o mesmo estilo de roupas, mas não és tu.

Tu lutarias pelo verdadeiro amor,

tu amaste-me!,

tu não me abandonarias,

não me deixarias sozinha,

não deixarias que o orgulho tomasse conta de ti e nos afastasse, talvez para sempre.


Estou viúva...

... de ti!

Agora vejo um igual a ti, que não és tu.

Toda a gente conhece o teu gémeo, mas quase ninguém te conheceu a ti, mais reservado e tímido, com sonhos grandes de criança, ansiando por um dia ter a sua própria e grande família, viver rodeado de amor e carinho de uma mulher e da sua prole.


Este apenas é teu gémeo. É idêntico, mas não nos podemos deixar enganar pelas ilusões. NÃO ÉS TU! NÃO É O HOMEM POR QUEM ME APAIXONEI há mais de um ano.


Viúva, fiquei viúva...

É quase, quase Natal...


E eu nao quero realmente saber de prendas.
Já recebi algumas.
São giras, sim.
Agradeço-as todas do fundo do coração
que não tenho.

Perdi-o (ao coração)
por isso como posso eu querer gostar do Natal,
que costumava ser a minha época preferida do ano,
quando a minha alma está tão vazia de sentimento?!

Podes não ser bom para mim,
talvez nunca tenhas sido,
talvez nunca tenhas gostado...

mas tenho saudades tuas! :(

sábado, 22 de dezembro de 2007

Quando o meu coração mais se despedaçava...


E as (poucas) vezes em que disseste que engraçaste com outra mulher... e eu te dava apoio e dicas para seguires em frente e a tentares conquistar... imaginas o quão despedaçado ficava o meu coração?


Mas eu fazia-o de boa vontade e com dicas reais para te ajudar, afinal só te queria ver feliz...!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Regresso a casa...


Regresso a casa vazia,
Vazia (de mim).
Pensei que dirias algo,
mas nem te lembraste de mim...
Um dia iludi-me e julguei que sentias algo,
Mas não era assim...


Sinto-me vazia quando todas as coisas da vida,
As mais desejadas,
Nunca foram cumpridas,
Mas são as mais pequenas que enchem a minha vida


Tu?
Pareces já não fazer parte
Pois nunca dela quiseste fazer parte,
Pois nunca fizeste nada,
Absolutamente nada!,
Para dela fazeres parte!!!


Não disseste nada,
Absolutamente nada,
E a história acaba assim.

Estou vazia,
(muito fria),
Muito vazia,
de ti...
Agora,
outros rumos,
outras paragens,
outros olhares,
outras personagens,
talvez...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Profissão: arrastadora de mesas!!!


Já não posso ler descansada e estudar/ensinar em paz...!

Agora sou ARRASTADORA DE MESAS!!!


Sim, pois estive a dar aulas na TUA magnífica sala e tive de arrastar com a merda das mesas outra vez!!! Pois, porque parece que alguém (=TU) insiste em mudar a sala de forma a não caberem os meus formandos da noite...


Agora estou aqui cheia de dores, que começam na cervical e terminam na lombar... tudo porque as MAGNÍFICAS MESAS de VOSSA EXCELÊNCIA pesam uma tonelada, são piores que chumbo e preciso de todo o meu peso contra elas para as conseguir arrastar!!!


E nem venhas tu algum dia dizer que aquela merda ficou desarrumada ou suja pois tive o cuidado de arrumar tudo no sítio e de passar o pano naquela imundice de mesas... Ah, e também limpei o quadro com o pano (supostamente laranja) do pó, para VOSSA EXCELÊNCIA amanhã não CAGAR as mãos quando tiver (SE TIVER) de escrever no quadro...!


E depois ainda tu achaste, SIM ACHASTE!!!! SÓ ISSO! ACHASTEEEEEEEEE!, um dia que gostavas de mim e tiveste MUITO, MUITO, MUITO, MUITO (escreveste 4 vezes muito, ainda me lembro!!!) medo... Pois, eu acho que tiveste medo PORQUE NÃO ACREDITASTE NO QUE EU ESCREVI QUANDO DISSE TENHO A CERTEZA!!! E tu perguntaste de quê, e eu perante tamanha (FINGIDA) ignorância, respondi: TENHO A CERTEZA QUE GOSTO DE BATATAS FRITAS, LOL! DE TI, CLARO!!!TENHO A CERTEZA QUE GOSTO DE TI!!!


Com todas estas merdices, SE AS SOUBESSES, será que ainda terias assim tanto medo??? Será que terias assim tantas dúvidas???


Deixei-te a sala toda limpinha, melhor do que estava antes (ainda apanhei uma garrafa, um pacote de pastilhas e a prata de um chocolate que já estavam no chão quando lá cheguei... Só não desliguei o computador, nem lhe toquei!!!, por já estar assim quando cheguei)... Deixei tudo prontinho para ti (sim, de acordo com o cronograma, amanhã és tu...!!!!). Deixei tudo limpinho para ti... deve ser sinal que não gosto MESMO NADA de ti, não achas?!


P.S. Hoje fartei-me de escrever "merda" e outro palavreado... devo estar um pouco chateada, não achas?

Prendas de Natal...


"Pega lá esta toalhinha bordada qu'é p'ra usares p'ra comêri mais o tê marido... ou dois maridos, depende de como corrêri..."


Mais palavras para quê? Para mentalidades burras que acham que tudo na vida se resume a foder e a emprenhar (propositadamente) para poder casar... nem vale a pena mais comentários!!!

Some dreams...




... are meant to be remembered...




Há sonhos que é suposto serem recordados e outros que não.


Assim são os meus sentimentos.


Por vezes não sei se os devo recordar pois a dor dilacerante da saudade pesa muito no meu peito por há tanto tempo não te ver...




Hoje foi mais um desses dias horríveis em que nada parece dar certo (talvez porque ainda não chegou ao fim)... mas, sobretudo, foi também um daqueles dias em que vemos um exemplo que ainda nos faz acreditar no amor - um casal jovem que largou tudo a quase 500km de distância para irem para longe, onde não conheciam ninguém, somente para terem a oportunidade de estarem juntos e a trabalhar juntos. E isto é real! Ou seja...




O amor ainda existe, é preciso é nunca deixar de acreditar e lutar por ele. Tudo é possível e nada na vida poderá, alguma vez, acontecer por acaso...!




terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A dor que dilacera cortando...



Por vezes a dor é tão forte, tão aguda


que me rasga as entranhas em lume fino,


como picadas de abelha sobre a pele queimada


pelo baixo sol de Outono num dia que iniciou gelado...





Como pode doer assim


se nunca te tive junto a mim


e de mim não quiseste da mesma forma saber?






Como posso sofrer desta forma


se nunca entre nós houve plataforma


para esta forma intensa de me sentir morrer?






Tenho saudades do sorriso


Tenho saudades do nosso ex-futuro-relacionamento


Tenho saudades do teu ar de narciso


Tenho saudades do meu ar de esquecimento...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Relógio Biológico


Em conversa com uma amiga falávamos sobre relógios biológicos... apesar de ser um pouco mais velha que eu, o dela ainda não despertou. O meu despertou aos 21/22, por isso há uns anos...


Falámos um pouco sobre isso e eu contei que depois se torna muito difícil pois por vezes chegamos até a ter inveja quando vemos alguém com uma criança nos braços e a inveja é um sentimento muito feio...


Depois acabei por me lembrar de uma das primeiras vezes em que fomos tomar o pequeno-almoço juntos n'O Jardim. Estava lá um bebé e parámos os dois de conversar só para olhar para ele. Acabámos por nos surpreender com um grande ar/olhar embasbacado... Estávamos os dois derretidos a olhar para o bebé, um menino... Tu chegaste até a tirar fotos...


É incrível ver que, por mais diferentes que pudéssemos ser, numa situação dessas, fomos ambos tão iguais...


... e agora estamos ambos tão distantes...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Já não me caso contigo!!


«(...) - ... dizes isso, linda, porque tens dois filhos senão não falavas assim...


(A meu lado ele fazia bonequitos com a mão, do género daqueles "bonecos bla-bla-bla", tipo marioneta que falam, falam e não dizem nada. Fazia-o enquanto conduzia pela cidade, comigo ao lado a falar ao telemóvel com uma colega nossa...).


- Eu quando quiser ter os meus, tenho e pronto, sempre quero ver quem me vai impedir e não quero só um!!!


(E a mãozinha, bla bla bla... e eu a empurrá-la e a rir, tentando, no entanto, disfarçar o riso ao telemóvel...)


Terminei a conversa segundos antes de entrarmos na rua dos nossos amigos comuns, que ele conheceu no nosso trabalho, mas de quem se aproximou mais talvez devido a mim... Eles estavam a preparar a sua casa nova...


Começámos a brincar de dentro do carro a dizer que aquele martelar devia ser o J. a derrubar as paredes (e afinal acabámos por descobrir que era mesmo o que estava a fazer, excepto a parte de derrubar as paredes!).


Ouvíamos tudo pois estava imenso calor naquele dia de Verão na bonita cidade alentejana e as janelas abertas do carro permitiram-nos isso... Preparo-me para sair, enquanto ele sai, mais ágil e veloz que eu... Mal saio, ele diz do outro lado do carro (e era do meu lado que estava o passeio)...


- Se não quiseres ter cinco filhos, já não me caso contigo!


Voltei-me tentando olhá-lo, mas não consegui, ele atravessava a parte de trás do carro para chegar junto a mim, mas teve de se baixar para não bater na laranjeira que havia no passeio. Ri-me, tentando não mostrar o meu nervosismo, julgando que ele ia estar com ar de troça.


Quando os nossos olhos se cruzaram, ele olhava-me fixamente e (estranhamente para mim!), muito sério. Assustei-me quando me pareceu perceber que ele estava mesmo a falar a sério. Inúmeros pensamentos me correram a mente em milésimas de segundo, entre os quais "mas afinal não querias só amizade?!", "mas não disseste que apenas achavas que gostavas de mim...?", "... não te arrependeste logo a seguir a tê-lo confessado...?"...


Ainda hoje me sinto confusa pensando que falavas a sério... E eu na altura dei as respostas mais parvas que poderia ter dado e tive a atitude mais estúpida que poderia ter tido, senão... repare-se...


- CINCO??? Vá lá três...! Os outros dois só se carregares tu!!! Cincooooo?????


Como se esta reacção estapafúrdia não bastasse... ao invés de me baixar para abrir o pequenino e baixíssimo portão, passei-lhe por cima (não que fosse muito alto, mas... e é verdade que me dava pouco acima dos joelhos, mas eu estava de vestido ... se bem que também não se viu nada...)...


Ainda hoje ouço aquelas palavras na minha mente. Creio mesmo que estavas a brincar, mas não foi isso que os teus olhos me disseram... ou foi o que me pareceu. Não percebi, não percebo, tive medo de perceber... é confuso...


Foi confuso na altura, continua a sê-lo agora quando penso naquele dia de Verão em que, de repente, me disseste:


- Se não quiseres ter cinco filhos, já não me caso contigo!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Inside a bottle!


Vejo as pessoas à minha volta, mesmo as de família.

Observo-as à distância, protegida no meu mundo, como se elas não me conseguissem ver.

Isolo-me propositadamente pois de nada me serve estar ao pé delas - por mais próximas que estejam, nunca estão perto de mim, não me vêem a mim.

Nunca me verão como tu viste mas isso agora também pouco ou nada interessa.

Não tenho objectivos, não tenho perspectivas.
Não enho nada além do trabalho.
Os amigos têm a vida deles e simplesmente me esforço por lhes dar um sorriso, como eles merecem, não que realmente me apeteça sorrir.
Também não me apetece chorar. Simplesmente não me apetece nada.

Vivo para o trabalho e é só. Não me apetece sair, não me apetece falar. Para quê? Com que objectivos, quando de facto não tenho nenhuns?
E so têm de respeitar isso.
E deixar-me em paz.
Trabalho durante a semana e o fim-de-semana é para ficar em casa, no meu pequeno castelo onde só entrava quem eu quisesse e agora não entra nibnguém simplesmente por o castelo não ter porta. E realmente não me apetece fazer uma. Assim não entra frio, não entra chuva e também não está tão escuro assim.

Tem janelas, daquelas que servem para observar as pessoas na rua: as pessoas que têm vida própria, objectivos... que têm filhos, que têm alguém a seu lado com quem partilhar a vida, o tipo de pessoas que anda de mota só porque sim, e que tem sempre a porta aberta só porque lhes apetece. Eu não preciso disso. E mais que o trabalho também não vejo qual a utilidade.

Para mim agora é assim: trabalho e mais nada.
Os sonhos que tive já mos arrancaram demasiadas vezes.
Desta vez, agarrado aos pedaços destroçados dos meus sonhos, foi também o meu coração.

Façam força para o atingir a ver se conseguem!
Quanto muito ouvem o eco. Esforço inútil.

Não me apetece sorrir, mas também não me apetece chorar.
Não me apetece nada. Também não estou mal. Estou eu. Nada mais.

E mais ninguém me vai arrancar os sonhos que destruiste, nem mesmo os de amizade que nunca havia perdido... porquê? Simplesmente porque já não existem. Não morreram. Simplesmente deixaram de existir.

E não me venham com filosofias baratas dizer que estou melhor sem ti, que me fazias mal.
Não me venham balbuciar que sozinha é que estou bem, sem ninguém a prender-me, quando, de facto, quando precisava que me ouvissem, estiveste SEMPRE, SEMPRE LÁ. Da mesma forma que eu estava sempre lá para ti, a qualquer hora, apesar de eu ser mais tímida e ter receio de te ligar fora de horas, não fosses tu estar com outra pessoa.

...

Hoje foi mais uma reunião familiar e com amigos da família. O meu tio era o centro. Adoro o meu tio, mas já não consigo partilhar aqueles momentos ridiculamente felizes passados em conjunto quando não me sinto integrada, quando sinto que me olham com pena, ou julgando que tenho apenas quinze anos...

Não consigo estar a cantar parabéns aos amigos da família, representando uma peça de alegria quando de facto não a sinto nem sei o que é sentir isso.
Estou sozinha. Não me digam que compreendem e sabem como é. Nunca estiveram tão sozinhos como eu, sempre tiveram a quem recorrer. Não me venham dizer iso quando não sabem o que é. E aidna tenho de ouvir parvoíces por ser filha única quando nem dos meus pais tenho apoio e compreensão. E agora também não quero. Deixem-me estar e não me perguntem como estou! Sobretudo não mo perguntem com um esgar de pena e falsa empatia.

A minha vida é o trabalho e isso não é objectivo. É simplesmente assim. Foi assim que a vida me correu, por mais que me esforçasse por fazer os outros felizes. Por mais que me esforce por continuar a fazer os outros felizes e a ter esperança no futuro. A minha, por mais que eu me esforçasse, resultou nisto. Não me perguntem! Eu não vou responder! Não quero responder! E, se respondesse, provavelmente eras das poucas pessoas que iria sentir cada palavra do que dissesse... e talvez nem mesmo tu entendesses. Mas agora não interessa.

Refugiei-me no carro a ler um livro "Banida" - até ela, que não sentiu apoio de ninguém, teve alguém ao lado. Nem ela iria compreender.

Refugiei-me no carro olhando as crianças a brincar, a ver os pais ocupados com as crianças, as mulheres na coscuvilhice habitual, os homens a discutir qual o vinho ou o carro mais potente... e eu no carro. Observando tudo, de dentro da minha garrafa, criteriosamente selada.

Estou cansada. Vou dormir...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Hoje, outro dia... mas diferente!?


Qual o motivo da mensagem hoje?

Uma mensagem a avisar da campanha de um dos operadores móveis.

Mas porquê?!

Nós nem sequer falamos... não havia necessidade... ou foi para dares um ar da tua graça?


Eu cá acho que tens estranhas maneiras de dizer olá, mas pronto.

Vou apagar e seguir em frente.

Não há mais caminhos a seguir, ou pelo menos assim me parece!

P.S. E que tal um simples "olá"? Melhor estratégia, não?!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

19 de Julho... no passado...


«Hoje andei a reflectir no que tem vindo a acontecer. Acho que me andei a iludir, talvez devido ao clic que senti logo naquela primeira reunião, que culminou em iniciar uma suposta relação (à distância), tudo por medo de me envolver com alguém no local de trabalho… Digamos que nesse dia fiquei… positivamente (muito bem) impressionada.

E, se calhar, depois deixei-me arrastar por pequenos gestos de amizade que nada tinham de segundas intenções… E agora sinto-me uma grande tola por isso!

Por outro lado, o comentário menos agradável de uma colega fez-me ver que se calhar não gostava de falar contigo. Se calhar não me sentia apenas atraída. E, se calhar, foi nesse exacto momento que percebi que me estava a apaixonar. Apenas 8 dias passaram desde essa “descoberta” e já me pesa a tua ausência como se não te visse há meses. “Meu Deus! No que é que me estou a meter?!” É essa a frase que pesa constantemente no meu pensamento, não só durante determinadas partes do dia, mas constantemente!

Uma vez mais, parei para reflectir e pus-me a analisar tudo!!! Acho que pareço uma assanhada que quer um “gajo à força toda”!!!! Como pode isso ser?! Tão longe da verdade! No entanto, para quem me conhece há tão pouco tempo é natural que seja isso que pensa de mim.

Mandei o postal a agradecer e nem um comentário, nada. Não que eu esperasse um agradecimento eterno, mas pelo menos uma referência. Mas nada! Mandei mail a brincar com qualquer coisa, obtive uma resposta vaga, algo fria…

Tinha ligado dia 13 pedindo ajuda e até a atender recebi uma voz fria que depois sempre se alterou um pouco. Depois veio o postal, por e-mail, que eu mandei. Depois disso e de eu ter respondido ao tal e-mail (de resposta ao meu) veio a reunião desta 3ª feira, dia 18. E lá foi o tal piscar de olho, lindo, doce… que me deixou nas nuvens!

Que fácil que eu sou de impressionar!!! E que raiva pelo deslumbramento causado por um simples piscar de olho e um sorriso! Damn me!!! Nesse dia foste tu que mandaste mensagem, eu respondi e disse que ia ligar em seguida. Novamente impus a minha presença. E depois tiveste de desligar porque estavas num semáforo, mas dessa vez foste muito simpático na conversa, sempre muito agradável, honesto, bem disposto, bem-educado.

Hoje estavas na Internet, em aula, como percebi. Entraste e saíste vezes sem conta do msn. Estavas ora ocupado, ora ausente, ora on-line, ora ocupado de novo e depois on-line e novamente ocupado. Até a foto mudaste!

Finalmente falaste e disseste: oi, olá, hoje estou com os meus meninos. Eu respondi, disse que eles matavam saudades do “papá” e que gostavam muito de ti.


A conversa pouco mais longa foi. Finalmente eu disse que afinal não eras tão mau nem tão frio como querias aparentar e acho que te calei com isto. Depois saíste para almoço. E ficámos por aí. (...)»


Há muitos meses atrás escrevi isto. Hoje começa a perder o sentido que algum dia me pareceu ter...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sentido e falta dele


E quando tudo parece desconexo e prestes a perder o sentido, acontece isso mesmo! Perde-se tudo e é então que as coisas mais absurdas parecem começar a fazer sentido... As palavras da ordem do dia: I don't care! If you don't care, why should I?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Realmente...


Realmente acho que já não tem importância.

Já nada tem importância.


Não sei porquê, mas agora acho que abri os olhos para mais uma situação.


Da vez em que disseste que ias passar a noite na biblioteca do teu sítio - era uma daquelas noites que andavam a fazer por todo o país, das crianças pernoitarem nas bibliotecas. Mas tu não tens filhos. Agora abri os olhos e vi... ias com outra pessoa, não uma amiga, mas provavelmente mais uma das "histórias" a que te dedicas de vez em quando. Tu talvez tenhas mesmo queda para mulheres com filhos e essa foi apenas mais uma situação...


E a história da mensagem que era para mim, e afinal não era (era para a tua irmã com quem nem falavas muito bem), também estava mal contada, não estava?!


A mensagem a dizer "mor tive 7" - a nota de uma frequência... Afinal foi enganada (como eu achava), mas foi enganada não para mim quando devia ser para a tua irmã, mas sim para mim quando devia ser para outra pessoa... E o que se passou depois, o tentares ligar para os dois telemóveis, enquanto eu estava em choque, sem me conseguir mexer, a olhar para os telemóveis, enquanto aquela palavra horrorosa me martelava, alto e bom som, na cabeça: MOR, MOR, MOR.... como se de um eco incessante se tratasse...!


Sabes? Dói! Dói demais! Dói muito! Mas agora já não interessa. Estou muito magoada e já não quero saber. E sabes porquê? Porque DÓI MUITO! TODAS AS HISTÓRIAS MAL ESCLARECIDAS, TUDO O QUE ME OCULTASTE, TUDO O QUE ME DISSESTE COM A TUA MÁSCARA POSTA - DÓI MUITOOOO!


E duvido que algum dia venhas a querer falar comigo, sem a máscara posta...


E por cá, continua a doer e continuará... SEMPRE!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Fazes-me mal...!!!


... é o que toda a gente diz e eu tenho de me calar. Ando triste por pareceres sempre indeciso, por dares a entender uma coisa e agires como outra.

Toda a gente me diz que me fazes mal e que estou melhor sem ti, sem a tua proximidade... Toda a gente diz isso menos o H., que diz que acredita que apenas precisas de tempo, e a S.C., que diz que acredita que ainda vai dar certo... Os restantes não sabem bem o que me hão-de dizer. Eu também não tenho bem a certeza do que quero (e se quero!) ouvir...

Tentas ser mau, mas não és. O teu coração não é mau, logo não conseguirias sê-lo, por muito que te esforçasses.


Vou tentar dormir. Estou dormente nesta dormência do coração que não me deixa pensar e me impede de sentir apenas com a cabeça...

Outra semana que chega...


... e que passará sem ti. Escrever mais o quê? Muitas mais passarão assim, talvez para sempre.


E a esperança perde-se ténue na lembrança vaga dos dias em que éramos apenas nós dois, sem máscaras, divertindo-nos por vezes com coisas tão simples como a correcção da pontuação de um texto às duas e tal da madrugada, ao telefone...