Quem lê apenas os pequenos trechos do que escrevo, talvez não me compreenda ou em mim entenda uma grande confusão emocional. Mas não é. Está tudo resolvido. Muito resolvido. Finalmente.
O meu primeiro amor, na verdade não D.Q. mas P.R. (falando em alcunhas, claro) ficou resolvido há imenso tempo. Quase outra década.
Depois veio um triste egoísta, super concentrado no corpo. Não era bonito, era elegante. Não era inteligente, nem sequer muito esperto. Era egoísta, egocêntrico mimado e com a mania de se fazer de vítima. Bem, com um saco na boca e caladinho, quem sabe? Iei! Ahah – resolvido há muito!!! Não podemos dar amor 100% do tempo, também tem de haver um espaço para receber amor e carinho, certo?
Depois veio a pessoa com quem quase casei. Curiosamente a sua alcunha era eu que a usava quando me queria referir a pessoas tolarecas. Depois conheci-o e apaixonei-me. Diz ele que se apaixonou pelos meus gestos suaves com as mãos, como se fosse uma bailarina (?). Na verdade, quando demos o “beijo” mais sério (o primeiro implicou cinema e uma tremenda cabeçada. Yautch!), ouvi música.
Estávamos à beira-rio, com uma grande cidade iluminada do outro lado. Adoro a calma das águas e o brilho de tudo o que luze de noite, reflectindo-se na maré silenciosa…
Beijámo-nos e, de facto, comecei a entender por que é que se diz que se vê estrelas e se ouve música quando há ali um sentimento muito grande – parecia estar a ouvir música celta.
Não se riam nem desacreditem. É bem mais simples que isso. Aquela cidade estava em festa e NA REALIDADE EU ESTAVA A OUVIR MÚSICA!!! Ahahahah. Esta é mesmo para recordar, apesar do que se passou muitos meses depois.
Não casámos, mas sinto como se tivesse sido um casamento falhado. É um pouco complicado explicar. Casamento marcado, convites prontos para mandar fazer, listagens feitas, família a participar, enumerar listas, escolher igreja, ver gastos, casa escolhida… procurar tratar do crédito… foi tudo muito de sonho.
A parte de me pedir oficialmente em casamento e, dias antes dessa oficialização com a família me ter traído e, por insistência minha (por andar desconfiada com tantos presentes que me dava – 2 ou 3 por semana! E pela sua insistência gigantesca em casar), ter descoberto que ainda sentia algo pela sua ex, é que foi totalmente de pesadelo.
Cortei com tudo. 15 dias depois implorou que voltássemos, que se tinha enganado, teceu-me os maiores louvores…! Foi muito difícil para mim, seria mais fácil termos voltado e não enfrentar a desilusão de toda a família e o apontarem-me o dedo por “ter fracassado”, mas decidi que não podia ser assim. Ameaçou e tentou matar-se para me fazer sentir culpada. Disse que ia morrer e, depois disso, soube que estava na Holanda. LOL! Meses depois recebi um telefonema dos Países Baixos, mas nunca confirmei quem seria – era alguém a falar mal inglês e parecia haver alguém ao lado. Não soube o resto.
Depois disso veio a pessoa que mais me marcou. Que me “perseguiu simpaticamente” enquanto eu insistia nos meus piores defeitos, até os que não tinha, para ele se afastar e desaparecer, mas como aquele não era esperto, mas sim inteligente, percebeu mesmo do que eu tinha medo. Tanto insistiu que quem não resistiu fui eu e uns meses depois começámos a namorar… e depois ele começou a falar em casamento (por esta altura aprendi que os homens falam mais em casamento que as mulheres!!!), eu comecei a reagir com fobia à conversa, mas tentava disfarçar (será possível disfarçar ataques de pânico e falta de ar?! Pois, mas eu bem tentava). Tudo muito bem. Entretanto, uma suposta amiga comum, invejosa e cobra, inventou que eu tinha alguém aqui (morávamos muito longe) e ele foi acreditando… e a história foi, de facto, magnífica: quando resolvemos as coisas, ele pede-me em casamento numa semana, durante a semana faço anos e trata-me mal, e, no fim-de-semana – oito dias depois -, termina tudo comigo porque “afinal”, eu não sou como ele pensava. Pergunto o que isso quer dizer e lá acaba por confessar que não era bem isso, mas sim a sua ex namorada que andava a rondar (a mesma que o traiu com os melhores amigos, com a qual ele namorou um ano à distância, dando-lhe dinheiro e prendas e ela nas ilhas, com outro!!!) e ele estava mais para aí voltado.
Fui acusada de ser fria porque não chorei à frente dele – mas, convenhamos, se chorasse ele ia dizer que eu estava a ver se tinha pena de mim; como não chorei… sou fria, cabra, insensível e incapaz de amar! E ficámos por aí, com ele a tentar voltar toda a gente contra mim só porque não me viu chorar…
Quanto à cabra da suposta amiga comum, mais minha até, bem, acredito em kharma e desejo apenas o dobro do que ela me desejou e me fez! Um dia vai arrepender-se de não me ter desejado nem feito bem!!! A vida é assim!
O que veio depois não interessa muito. Uma ilusão passageira de dois meses, com o mesmo nome do ex. e, depois, surgem na historia da minha vida o Lacoste e o Gravatinha, com este último a dizer mal e a invejar o primeiro. O resto já sabem. Com L. nunca houve nada. Com o G. não posso dizer que aquilo fosse coisa alguma… digamos que foi um filme de terror que durou, em directo e na pele, quase três meses, de inícios de Junho a finais de Agosto.
Depois disso? Bem, creio que nada há de relevante a dizer. A vida é uma estrada, a todo o momento nos cruzamos com viaturas, algumas vezes mais rápido, outras, em marcha lenta, dando tempo para trocar uns acenos e uns sorrisos e ponto final. Ah, mentira. Outras vezes se a marcha é demasiado lenta e em sentido contrário segue alguém interessante, surgem pantufinhas no estômago, estúpidas a fazerem-nos ficar com angústia… e é nessas alturas que usamos a berma da estrada para ultrapassar e enveredar por caminhos velhos, antes que o carro dos interesses, vire o sentido da marcha, estacione ao nosso lado e nos diga “olá! Posso conhecer-te?!”
Na verdade, está tudo finalmente resolvido e o passado é mesmo isso: está par trás e já passou. Ficaram alguns, mas raríssimos momentos bons. Full stop.
Quanto ao presente: é, como o nome indica, uma oferenda, uma prenda. Mas, como tudo na vida, vem embrulhada e eu tenho algum receio a desembrulhar ofertas…ahah. (Lembrei-me dos aniversários onde as criancinhas curiosas ajudam os amiguinhos que fazem anos a abrir euforicamente as prendas. Pois, uma ajudinha! Se calhar é isso).
Adieu!
Iva*
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