(Mostro o nome no visor à Maria. Ela faz um ar de incredibilidade. Eu rio-me ironicamente bem ao jeito “eu bem dizia!!!”. Atendo.)
- Sim, Iva? É o…
- Eu sei.
- Estás onde? Andei à tua procura…
- Estou … tenho estado cá o dia todo. – respondo secamente, tentando cortar a conversa, sem sucesso.
- ah, não te vi.
- Então quem pensas que abriu a porta hoje de manhã? (até parece que não me viste, dei de caras contigo, mal voltei a esquina e já estavas armado em pintarolas saindo do teu super carro de óculos enfiados nas trombas!) E tenho estado cá o dia todo (pois, até porque quando fui ao carro e regressei à sala, bem te vi a olhar fixamente pelas enormes janelas e quem estava contigo também viu).
- ah… não te vi!
(mentiroso!!!) – Pois.
- E agora estás onde?
- Estou …
- Ah é que eu precisava…
(Precisavas, precisavas, do que tu precisavas sei eu, meu grande #$”%&! Entre outras coisas precisavas de um gajo que entrasse por essa porta dentro e te partisse as trombas pelo que me fizeste, podia ser que caísses desse metro e oitenta e tal abaixo e perdesses a pose de fino!)
Acabei por informar onde estava pois não podia agir de outro modo. Trabalho é trabalho e não deixo cá outras coisas interferirem com a parte profissional, mesmo que não fique satisfeita com o assunto.
Meio minuto depois entra o pintarolas por ali a dentro. SURPRISE, SURPRISE! Eu não estava sozinha!!! Ficou um pouco incomodado e viu-se que não era o que esperava. Deixei-o na sala com o meu computador ligado para ele tirar o que queria, mas ele saiu também da sala e só voltou a entrar quando eu o fiz. Rapidamente lhe dei o que queria e continuei sempre a falar com a Maria. Voltando-se ela de costas para ele, fez-me sinal “olha p’ra isto. Veio atrás e diz que não te viu!!! E não parece satisfeito!”
Ri-me disfarçadamente. Agora quero ver se não acreditam em mim quando digo que anda atrás a tentar algo.
Para quem ainda não percebeu de quem se trata. É o Gravatinha. E isto aconteceu ontem.
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