Agora compreendo.
Queres viver a adolescência que não tiveste, cometer todas as loucuras que não cometeste, curtir com quantas gajas puderes, dar quantas quecas conseguires, passear o máximo que puderes...
Queres ser livre e admirado pelos amigos por teres o teu emprego, usares o teu fatinho de menino lindo, teres a tua própria casa...
Isto tudo eu compreendo. Não aceito por não ser assim, mas compreendo. Dou-te o benefício da dúvida.
O que eu não compreendo é quereres manter-me presa, puxares-me sempre para trás quando eu me começava a afastar...
Quero dizer, até compreendo. Se calhar até gostavas, ou gostas. E queres fazer todas as maluquices, mas também não me querias perder. E nisso foste muito egoísta. E não chegaste sequer a ser sincero comigo!
Mais valias teres aberto o jogo: "olha, sabes, gosto mesmo muito de ti, mas quero aventuras, agora ando nessa onda e contigo não posso fazer isso porque representas algo muito especial para mim e não me quero afastar nunca de ti. Sei que não te posso pedir para esperar, mas no fundo é disso que eu gostaria..."
Isso teria sido ser sincero.
Foste meu amigo quando te afastaste sabendo que ambos gostávamos um do outro. Afastaste-te pois querias aventuras (não comigo) e não me querias magoar.
Mas foste realmente muito mau comigo quando dizias que querias só amizade e depois agias totalmente em sentido contrário, manipulando-me, interferindo a todo o momento na minha vida, puxando-me para ti sempre que me conseguia afastar... E esta parte egoísta e a falta de sinceridade eu sinceramente não sei se será perdoável.
Nem sequer sei se quero que seja perdoável. Acho que não quero.
Por isso não me perguntes nada. Deixa-me estar. Deixa-me ir. Não me puxes, não te encostes a mim agora...
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