(Há algum tempo atrás...)
«Tal como eu tinha previsto, recusaste o convite para ir à praia. Disseste que tinhas amigos em casa, de férias, este fim-de-semana. O mais engraçado é que ontem quando falei contigo no msn, das primeiras coisas que perguntaste foi o que achava da tua foto. Só que eu não conseguia ver foto nenhuma pois estava na tua sala 1, enquanto a S. tinha ido ver dos miúdos, a usar uma versão Windows Messenger.
Depois comecei a falar de trabalho, comentei que a tua frase era profunda (mais vale ser optimista e errar que ser pessimista e ter razão), e disse que eu fazia parte dos pessimistas que tinham razão. Depois chegou ela e vocês estiveram a discutir a telenovela mexicana que se tinha passado na sala.
Foi a certa altura que então agradeceste à S. o convite da praia e disseste as tuas razões. O cómico é que eu mandei mensagem depois da nossa conversa na terça e foram precisos três dias para dizeres qualquer coisa e nem sequer foi a mim. Aliás, foi, mas indirectamente.
Acho que isso apenas serve para juntar algo mais às minhas conclusões – deves ter pensado que eu andava “à caça”. Se calhar achaste piada de início, mas agora talvez te seja inconveniente. Agora uso eu a tua frase, ou pelo menos parte dela…ser pessimista e ter razão. Afinal quem tinha razão era eu… as always. Já começa a ser um hábito. Por isso mesmo, agora vou desaparecer da net e do local de trabalho não será difícil.
(...) Não será nada difícil. E está dito! Também não acredito que sintas muito a minha falta. Talvez sintas falta das partidas que pregava, mas isso não é grande coisa e assim também aproveito para me curar a mim com a distância.»
Iva Filipa
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