Como uma chama morta-viva consumiste-me sem eu dar por isso.
Já não tenho sonhos ou ilusões.
A porta do castelo já não está fechada.
Com tantas pedras, consegui construir no lugar da porta um pedaço novo de parede e uma dupla muralha enorme à volta do castelo.
Agora ninguém entra.
Dei um falso alarme de incêndio para saírem todos lá para fora a correr.
Depois fechei a porta, construí a parede e, quando a conseguiram finalmente abrir, já não havia fresta por onde entrar sequer o ar.
Depois sentei-me no chão e deixei que a tua chama amarga consumiste o que restava dos meus sentimentos, sonhos e ideais.
Morri.
Depois levantei-me e caminhei.
Já não me importo!
Não é tristeza! Não é mágoa! Não é dor! Não é solidão!
Sou eu.
E já não me importo.
Vou caminhar sem olhar para os lados.
Vou caminhar chuva ou sol esteja.
Já não importa.
Consumiste-me!
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