Acabei agora de o ler. Emprestaram-mo.
A maior parte das vezes as pessoas não compreende que nos sentimos sós e que são geralmente os fins-de-semana os mais duros de ultrapassar. Podem perceber por momentos a nossa solidão, mas jamais compreenderão o que é estar sempre com frio, por mais mantas e aquecedores que tenhamos para nos cobrir ou aquecer. Porquê? Porque depois regressam às suas vidas, às suas casas onde têm alguém à espera, na vida que construíram e que merecem. E nós, os que não conseguiram... ficam sozinhos, numa casa vazia ou às vezes nem isso, talvez só um cubículo...
E o não conseguir não quer dizer falta de tentativas, apenas não se conseguiu. E pronto. E é isso que dói no coração. Em especial quando chegam as férias do Verão e isso piora quando chega o Natal. Não ter com quem se partilhar esses momentos dói. Muito. E não há amigos e família suficiente para isso.
Como ser humano, eu preciso de mais. E dói não depender de mim. Dói ter-me esforçado sempre tanto e não conseguir. E essa dor ninguém pode partilhar comigo. Dói às vezes ter a perfeita noção de que te amo. Ainda te amo! Dói ter raiva de mim e nada poder fazer para o ultrapassar, porque simplesmente está enraizado aqui entro e... dói... MUITO!
Dói ter sido enganada, dói ter acreditado em ti. E não sei se dói mais teres dito na altura a verdade, se teres-me mentido no fim, se dói ainda mais a falta de carinho e a frieza com que de repente passaste a tratar-me.
Dói perguntarem-me se estou bem. Dói as pessoas tomarem partido, mesmo que seja o meu porque isso não me adianta de nada. Dói sentir raiva de mim por não abrir a boca e contar tudo o que me fizeste quando tenho a perfeita noção de que as pessoas acabariam por tomar o meu lado e talvez isso pudesse de alguma forma amenizar a minha dor. Mas eu não sou assim! Abrir a boca e falar, para quê?
Então, nessas alturas, eu escrevo. Venho aqui e escrevo a parte de mim que ninguém conhece. A parte amarga, a parte mais picante, a parte... outra parte qualquer que seja. Escrevo o que me apetece mas isso não faz de mim as minhas palavras. Continuo a ser eu, por detrás do nome Iva, Maria, Afonsa, Josefa... sou eu na mesma. Sempre, o tempo todo.
E por mais que uma palavra de conforto ou um abraço possam suavizar mais o que sinto, sou eu que tenho de voltar para uma casa vazia, sabendo que o telefone não vai tocar (tendo noção que será assim dia após dia), sou eu que tenho de me enfrentar na escuridão da noite quando nem todas as mantas do mundo servem para me aquecer, sou eu que tenho de regressar para a minha cama vazia... de sonhos.
P.S. Eu amo-te! Só que eu NÃO QUERIA, NÃO QUERO ser eu. Porque o EU que agora sou ama-te. Ainda. E o EU que eu quero ser, não tem sequer qualquer interesse em saber se existes ou não.
A maior parte das vezes as pessoas não compreende que nos sentimos sós e que são geralmente os fins-de-semana os mais duros de ultrapassar. Podem perceber por momentos a nossa solidão, mas jamais compreenderão o que é estar sempre com frio, por mais mantas e aquecedores que tenhamos para nos cobrir ou aquecer. Porquê? Porque depois regressam às suas vidas, às suas casas onde têm alguém à espera, na vida que construíram e que merecem. E nós, os que não conseguiram... ficam sozinhos, numa casa vazia ou às vezes nem isso, talvez só um cubículo...
E o não conseguir não quer dizer falta de tentativas, apenas não se conseguiu. E pronto. E é isso que dói no coração. Em especial quando chegam as férias do Verão e isso piora quando chega o Natal. Não ter com quem se partilhar esses momentos dói. Muito. E não há amigos e família suficiente para isso.
Como ser humano, eu preciso de mais. E dói não depender de mim. Dói ter-me esforçado sempre tanto e não conseguir. E essa dor ninguém pode partilhar comigo. Dói às vezes ter a perfeita noção de que te amo. Ainda te amo! Dói ter raiva de mim e nada poder fazer para o ultrapassar, porque simplesmente está enraizado aqui entro e... dói... MUITO!
Dói ter sido enganada, dói ter acreditado em ti. E não sei se dói mais teres dito na altura a verdade, se teres-me mentido no fim, se dói ainda mais a falta de carinho e a frieza com que de repente passaste a tratar-me.
Dói perguntarem-me se estou bem. Dói as pessoas tomarem partido, mesmo que seja o meu porque isso não me adianta de nada. Dói sentir raiva de mim por não abrir a boca e contar tudo o que me fizeste quando tenho a perfeita noção de que as pessoas acabariam por tomar o meu lado e talvez isso pudesse de alguma forma amenizar a minha dor. Mas eu não sou assim! Abrir a boca e falar, para quê?
Então, nessas alturas, eu escrevo. Venho aqui e escrevo a parte de mim que ninguém conhece. A parte amarga, a parte mais picante, a parte... outra parte qualquer que seja. Escrevo o que me apetece mas isso não faz de mim as minhas palavras. Continuo a ser eu, por detrás do nome Iva, Maria, Afonsa, Josefa... sou eu na mesma. Sempre, o tempo todo.
E por mais que uma palavra de conforto ou um abraço possam suavizar mais o que sinto, sou eu que tenho de voltar para uma casa vazia, sabendo que o telefone não vai tocar (tendo noção que será assim dia após dia), sou eu que tenho de me enfrentar na escuridão da noite quando nem todas as mantas do mundo servem para me aquecer, sou eu que tenho de regressar para a minha cama vazia... de sonhos.
P.S. Eu amo-te! Só que eu NÃO QUERIA, NÃO QUERO ser eu. Porque o EU que agora sou ama-te. Ainda. E o EU que eu quero ser, não tem sequer qualquer interesse em saber se existes ou não.
21-09-2008 19:08:06
1 comentário:
Acabei de ler o livro agora e vim fazer uma pesquisa sobre PS:amo-te e encobtrei o teu blog... graças a Deus nao sei o q é a solidão pois tenho uma pessoa q amo a meu lado mas ha sempre momentos maus numa relação e nessas alturas tb senti um vazio muito grande, por isso q tas só desejo-te as maiores felicidades e força....
um beijo
Helena
Enviar um comentário