Iva's place

Aqui, fala-se de amor...esse sentimento louco que mexe cá dentro e nos faz vibrar de emoção.

Seja curto ou duradouro, dele todos queremos um pouco ou não pule cá dentro o coração!

Bem-vindos!

Iva*

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Hoje...


Hoje foi um dia particularmente especial... e talvez devido a isso, triste.

Hoje finalmente vi a pessoa que és e fiquei horrorizada por saber que existem pessoas assim, como tu.


Sempre ouvi falar delas e sempre tive delas mais receio que do "velho do saco" das histórias que a minha avó me contava quando era menina. Nunca pensei que existissem pessoas assim. Nunca pensei que fosse conheer uma assim e muito menos imaginei que uma assim me fosse usar.


Hoje sei que se eu abrisse a boca e dissesse realmente quem és, sem grande necessidade de revelar segredos teus (pois não sou disso, apesar de me teres usado e deitado fora como lixo), as pessoas iriam voltar-te a cara na rua. No entanto, com falinhas mansas e muito charme consegues manipular friamente as pessoas que te julgam amigo e das quais dizes mesmo muito mal. Creio que nem te apercebes e por isso talvez não te possa sequer recriminar.


Se eu abrisse a boca para dizer só meia verdade sobre ti talvez sentisses um pouco do que eu sinto agora... aquele frio tão gelado que há não roupa que impeça, fogueira que aqueça ou cobertores que o vençam. Continuo sempre com ffrio. Frio psicológico e físico.


Arruinaste a minha vida e apenas a S. sabe disso. Apenas ela se apercebeu do quão baixo tu desceste, ganhando a minha confiança, pouco a pouco, durante quase 3 anos, para o objectivo final. PARABÉNS! Deves estar muito feliz, a julgar pelo modo como te pavoneaste hoje pelo centro de sorriso nos lábios. Mas, sabes? Um dia as pessoas abrem os olhos e o pior juiz de ti serás tu mesmo e desse julgamento não te irás conseguir escapar.


Que diria a tua mãe, se fosse viva e soubesse que o filho que ela tanto desejou e amou e que criou com tanto carinho se tornou uma cópia fiel e exacta do homem que ela mais amou e que a acabou por detruir (o marido)? Se a tua mãe fosse viva hoje... morria de novo. De desgosto, de vergonha, de tristeza por ter tão bem educado o filho e este não respeitar as mulheres. Se calhar Deus quis poupá-la a isso e levou-a mais cedo.


No entanto, acredito que apesar de tudo ela continua lá em cima a olhar por ti. Filho é filho e ela sempre te amou! Amou-te ainda que saiba que não lhe perdoaste não te ter defendido do mal que te fizeram na tua própria casa.


Sabes, o meu maior segredo nunca o soubeste tu. De qualquer forma, nunca nele acreditarias. Como irias tu reagir se te disser que tenho um dom que muito consideram loucura? O que farias se soubesses o que verdadeiramente sou? Tantas vezes me senti tentada a dizer-te, a confessar-to, mas... no fundo sabia que irias pensar que sou doida, tal como pensei de mim mesma durante muitos anos, até o aprender a controlar um pouco, até o entender melhor.


Não existe muita gente como eu e talvez por siso me sinta uma completa estranha numa terra de pessoas totalmente diferentes de mim. E este dom é um fardo. E, ao que percebi, é hereditário, mas só atinge as mulheres da minha família, mas elas, as que ainda vivem, como eu, também têm muito medo de falar dele. Elas, como eu, também já perceberam que temos uma estranha capacidade de fazer as coisas acontecerem, se houverem o que costumo ouvir chamar "vibrações suficientes" para tal. Infelizmente, nós chamamos com mais facilidade as más que as boas...


Mas hoje páro para pensar e questiono-me: como reagirias se eu te dissesse que por muitas vezes consigo ver o futuro dos outros? Como reagirias se te contasse que pressinto a morte e que já tenho olhado para pessoas que me parecem mortas e poucos dias depois elas morrem? O que dirias se soubesses que por vezes os mortos vêm ter comigo em sonhos e me contam cosias ou pedem auxílio?


Dirias que sou louda, eu sei. Também o digo a mim muitas vezes! No entanto, o pior é quando o que eles dizem surge na tua vida e acabas por confirmar todos os detalhes, tal como a morte da prima do Pedro, uma rapariga que me aparecia em sonhos sem mostrar o rosto, que me mostrou onde estava enterrada e que, quando eu em sonhos também me recusava a ajudá-la, ela sufocava-me.


Eu tinha uns 11 ou 12 anos quando ela me começou a aparecer em sonhos. Nessa altura não conhecia o Pedro nem a história dela. E, foi nessa altura que um nome me começou a obcecar: Ana Sofia. Qual nao foi o meu espanto quando cerca de 3 anos depois conheci o Pedro e um ano e tal depois de o conhecer estava a contar este sonho insistente que tina há anos, ele mudou de cor com os detalhes que eu contava, até do cemitério e das datas... Acabou por me confessar que eu falava da prima dele, Ana Sofia... E depois ela continuava a pedir-me ajuda em sonhos. Percebi finalmente que ela queria que eu o ajudasse com o trauma da praia. Só parou de me aparecer quando ele foi à praia pela primeira vez e estranhei ela ter desaparecido de repente, já eu andava na faculdade. Uns bons meses depois soube que ele finalmente ultrapassara o trauma e fiquei um pouco feliz por saber que o consegui ajudar um bocadinho. Então ela apareceu em sonhos a dizer obrigada, sorriu e desapareceu para sempre...


SERIA UMA GRANDE COINCIDÊNCIA?


E o caso do sobrinho da Q.? Que desapareceu e ninguém sabia dele?? E ela pediu-me ajuda, eu pedi para ver o que tinha acontecido. Descrevi o que via, com placas com nomes estranhos, julgando que em nada iria ajudar e foram as minhas indicações que levaram a polícia suíça até ele? Mera loucura? E esta história tinha ainda mais por contar. Até o nome da placa era o local para onde ele tinha sido levado e eu julguei que aquilo nem existia, de tão estranho que era. E ele tinha sido raptado exactamente como eu dissera... e o tempo todo em que de olhos fechados via o que havia acontecido eu sentia o que ele sentira e senti-o vivo. E ele foi recuperado vivo, apenas muito assustado. Se soubesses isto, dir-me-ias que sou louca?


E que dirias tu se eu te contasse que no livro que iniciei em 1996, cerca de 10 anos antes de te conhecer, e que terminei em 1998 fala de ti, uma personagem chamada Filipe que, à última da hora eu alterei fisicamente, mas que era inicialmente moreno, 1,82m, olhos castanhos muito escuros, emblemático, voz as meio timbre...? Se o lesses agora de certeza irias julgar que inventei a tal personagem com base em ti. Mas em 1996 eu não te conhecia. Estavamos a 10 anos de distância...!


Tudo isto para me lembrar que há cerca de 1 ano atrás, quando deixámos de falar, o meu dom falou dentro de mim e disse que passariam muitos meses, que o filho da I. iria ser gerado e só quando ele estivesse prestes a nascer tudo se resolveria. Só quando ele nascesse tudo iria ficar bem. E, adivinha?! Voltámos a falar, porque me ligaste!, dia 17 de Maio.


Depois só a 27 te aproximaste mesmo e dia 2 de junho nascia o menino. E desde Abril eu andava a sentir algo muito bom cá dentro... depois voltaste quando eu já não acreditava, tal como no sonho!


E eu sentia algo de bom cada vez mais próximo e dia 16 abriste o que eu julguei ser o teu coração e começámos a namorar de 15 para 16... mas depois eu senti: os primeiros 2 meses vão ser muito complicados e o 3º mês... vai doer. Mas depois as coisas voltam aos eixos. Ele vaif azer doer, mas vai mudar mais rapidamente de ideias do que pensas e aí serás verdadeiramente feliz!


Agora? Agora quero estar enganada. Não quero que mudes de ideias, não quero que voltes, não quero que tu nada! Continua a tua vidinha fútil de aventuras como tu lhe chamas e mantém a pose de homem charmoso, jeitoso e cheio de gajas atrás, solteirão cobiçado, como sempre desejaste...


Um dia vais perceber que os outros nos valorizam e gostam de nós pelas pessoas que temos ao lado e que tornam, todos os dias, a nossa vida tão especial. E só vais perceber isso no dia em que realmente ficares sozinho. E nesse dia eu não vou estar ao teu lado para te consolar a meio da noite, para te ouvir, para dar resposta às tuas dúvidas, para te dar força para um novo dia, como sempre fiz, nos últimos (quase) 2 anos, isto quando nos conhecemos há 2 anos e meio.


No dia 27 de Agosto mataste-me. Mas a tua vida seguiu como se nada fosse. A minha não. Mas é melhor assim. Dessa forma posso reconstruir-me e renascer inteira, mais forte e com toda a força para acreditar que vou amar e ser feliz... sem ti!


Então, não te encostes a mim... não me digas nada!!!

Eu morri... e no segundo seguinte já me esqueceste!

Continua assim! É o que peço a Deus!


Um dia vais encontrar alguém como tu. Nesse dia, fico vingada, a mesma forma que ficarei vingada e valorizada de todas as vezes que sentires falta da minha presença para te valorizar e engrandecer o ego.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá.
Fiquei deveras surpreendido pela positiva com o teu blog e particularmente com este post. Escreves lindamente e expressas-te ainda melhor, parabéns.

Há já alguns dias que acompanho e leio os teus textos e vim aqui parar pela mesma razão que muitos outros. Levei um pontapé no rabo, sendo que o pé foi o dela e o rabo foi o meu... e fez-me muito bem ler as tuas palavras de incentivo para sairmos desta situação assim como os comentários que te foram deixando, não que eu viva com o mal dos outros mas porque encontramos sempre conforto em algumas palavras nestas histórias tristes.

Acerca deste post tenho a dizer que me deixaste arrepiado, como naqueles dias de inverno em que estamos quentinhos na cama e quando saímos ficamos com os pelos dos braços eriçados. Li tudo com bastante atenção e é difícil descrever como me fui sentindo conforme fui avançando no texto. Se não tiveste coragem de lhe contar o teu maior segredo é porque sempre soubeste que ele não o merecia saber, e se não o merecia saber...

Isolando as partes em que te referes a ele, adorei histórias que contas aqui e acho fantástico esse teu dom, contudo penso que não gostaria de o ter, há situações que descreves que podem ser assustadoras! Eu não saberia como reagir.

Se tiveres mais algumas histórias que tenhas vivido e que possas partilhar era óptimo, desde que te sintas confortável com isso, claro. Acho fantástica a forma como ajudaste essas pessoas mesmo que por vezes seja duro expores-te dessa maneira.

Nuno