Iva's place

Aqui, fala-se de amor...esse sentimento louco que mexe cá dentro e nos faz vibrar de emoção.

Seja curto ou duradouro, dele todos queremos um pouco ou não pule cá dentro o coração!

Bem-vindos!

Iva*

domingo, 6 de abril de 2008

Sonhos estranhos...


Uma vez mais voltaste.

Já deu para perceber que invades os meus sonhos com alguma regularidade ultimamente.

Este foi, contudo, um pouco estranho. Não que eu ache os sonhos normais ou nada extraordinários, mas foi estranho por ver uma atitude que não espero, apesar de a ter desejado durante muito tempo e há muito tempo.


Não sei porquê, associei algo daquilo que sonhei a Évora, talvez a cena em si... Portas de Moura...


Estavas de calças entre o creme e o branco sujo... Camisa preta, cinto preto e sapatos a condizer, de fato...


Estava perto de alguém, uma mulher amiga, não sei... Olhaste na minha direcção e recordo-me perfeitamente que nem esperava o teu cumprimento.


Aproximaste-te, contudo, de olhar fixo em mim.

Num primeiro instante, não sei porquê, senti um pedido da tua parte. "Desculpa... Perdoa-me..."?

No instante em que te aproximaste e quando eu ia a voltar costas... para ninguém ter de perceber que não nos iríamos falar, aproximaste-te demasiado e tiveste o mesmo gesto de uma vez na sala em frente a mais gente... deste-me um beijo na testa que me apanhou desprevenida e não ficaste por aí.


Olhei-te nos olhos e deste mais dois de seguida e depois desceste para a minha face e... outros dois. Cinco no total.

Recordo-me que não tive reacção -senti-me muito pequenina, corei, olhei-te nos olhos e vi um brilho diferente, que nunca tinha visto nos teus olhos...


Passaste a mão pela minha cintura, enquanto eu me virava para a pessoa que estava ali também. Creio que era a I., sempre confidente, desde o primeiro momento... Não tenho a certeza que ela não soubesse de nada.


Sentia-me quente, atordoada, confusa...

De onde te viriam afinal as certezas que nunca tiveste?!

Estavas estranho, não parecias tu.

Nunca terias coragem para tanto.

És todo cabeça, não queres e evitas a todo o custo ser coração. (Nisso não te posso censurar muito... também sempre fui um pouco assim. Agora menos).

Creio que o que ouvi de ti a seguir foi transmitido quase em telepatia "Tenho de falar contigo. Temos de falar".


Acho que pela primeira vez, com todo esse rol de atitudes, eu fiquei mesmo calada a sério. Sem conseguir raciocinar, sem conseguir dizer palavra...


Acordei e não me lembrei logo desse sonho estranho. Só depois.

Lembrava-me sobretudo do olhar - tinhas a certeza, não tinhas medo!


Saí para a minha voltinha matina de bicicleta, seguida de algum exercício físico cautelosamente estudado. Entrei em casa estava a dar na televisão uma notícia sobre dois acidentes graves para a tua zona. Houves mortos... Não resisti, foi mais forte que eu... Recorri à mesma pessoa que da outra vez - a I. Precisava saber se estavas bem (meu Deus! Como eu me importo tanto com os outros quando tu não te importas com ninguém... comigo, sobretudo. Mas neste momento já não interessa). Ela não sabe de nada. Enviou-te mensagem ontem e tu não respondeste. Eu também não sei de nada. Mas não podes ter sido tu...

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