Sonhei contigo e foi mesmo estranho. Nem sequer me lembro de todos os pormenores.
Estavas dentro de um carro, devia ser o teu novo, talvez...
Sei que voltavas a olhar com aquele olhar melado, o tal que fez toda a gente perceber a situação (da tua aprte). E, no meio de outras coisas que eu não me consigo lembrar, mas que acho que disseste, saíste-me com uma frase:
- Tu não percebes, pois não?
Depois parece que houve uma pausa, foste embora, não sei... E ouvi alguém dizer, talvez a S. A. ou a I. a dizer (talvez mais a primeira):
- Pois, ele agora tem uma namorada tabaqueira...
E depois como que te vejo numa cena digna de filme, aliás, parece que estava mesmo a ver um filme na T. V.
Ela oferecendo-te um cigarro. Tu colocaste-o na boca (fumas muito raramente, mas curiosamente perto de mim o nervosismo era tanto que ainda o fizeste umas duas ou três vezes), e depois disseste para ela:
- Então e isto nao se acende, Vera?
Ao que ela, muito obediente, sacou do isqueiro prateado (em metal provavelmente) e se apressou a acender-te o cigarro, num gesto digno de escrava.
Só me lembro de ter pensado:
"Ah, afinal querias alguém de quem não gostasses realmente... Alguém que pudesse ser tua escrava, a satisfazer-te sem reclamar todas as vontades!"
Pois, meu caro, lamento. Isso eu nunca poderia ser.
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