Na reunião, com tanta gente lá, tinhas de vir sentar-te nos únicos lugares livres atrás de mim.
Isto quando havia tantas filas livres e tantos lugares por onde escolher!!!
Creio mesmo que escolheste de propósito, pois só bem mais tarde me lembrei que o meu carro estava mesmo à entrada do hotel, o que fez com que soubesses logo que eu lá iria estar, mal chegaste.
Recordo-me, sobretudo, de olhar para a porta no exacto momento em que entraste.
Que p**a de coincidência!
Mas acho que não me viste.
Escondi-me suficientemente bem ao lado da S. para que não me visses.
Sei também que ficaste bastante tempo junto à porta de entrada a olhar, provavelmente escolhendo onde te irias sentar.
Do alto do teu mais de metro e oitenta, creio que me terá detectado com alguma facilidade.
Senti várias vezes o teu olhar cravado nas minhas costas.
Senti várias vezes que me olhavas, sempre que a S. se desviava por algum motivo.
E de todas essas vezes sei que não me enganei.
Vendo bem, creio que me terás "visto" devido à I. e à S. que estavam bem perto de mim. Depois, não seria difícil.
E quando, depois da reunião, começaste a cumprimentar toda a gente à minha volta e eu subtilmente arranjei sempre forma de me esquivar, nunca cruzando o meu olhar com o teu... creio que também não foi coincidência. Sobretudo quando vieste falar ao B. e ao B., de quem não gostas e com quem pouco te dás. No entanto, de todas essas vezes eu consegui safar-me, fazendo-me distraída e fingindo-me interessada numa ou outra conversa.
Parecia um filme onde uma espiral de pessoas girava em meu redor e, sempre que eu mudava de posição, nova espiral se formava à minha volta. Talvez se deva em parte ao facto de eu gostar de falar com as pessoas e de elas gostarem de e confiarem em mim...
Não estavas feliz.
Mas nem quero saber disso! A sério que não.
Não quero nada... Simplesmente digo, peço, imploro: já provaste o que (não) sentias, portanto... DEIXA-ME IR!!! Não quero, não posso.. sofrer mais... :(
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