Parece que há coisas que nunca mudam.
E depois, um dia, aprendemos isso mesmo: que não mudam!
Após quase nove meses sem contacto, ligaste dia 17 e depois combinaste encontro dia 26 e dia 27 fomos lanchar. Depois foi uma intensa semana de telefonemas, mensagens, muita conversa ao telefone...! E depois, na sexta-feira, inevitavelmente eu tive (porque tive!) de perguntar por que voltaste...
Hesitei longamente... quase cinco minutos a olhar para o telemóvel com a mensagem escrita e o cursor a piscar, a piscar... depois enviei-a! E a resposta não se fez esperar, mas eu não estava à espera. "Porque há pessoas que não passam pla nossa vida, mas que ficam...", "E tb pq se há amizade n são discussões que lhe põem fim."
Eu não esperava isso! Muito menos o esperava de alguém que, com a mensagem de há quase 9 meses atrás, me fez sentir nada importante, perfeitamente dispensável e facilmente substituível na sua vida. E foi isso que te disse: "Fizeste-me sentir (com aquela mensagem!) tão grande como um grão de areia numa terra de gigantes..." E ainda disse algo mais. E tu respondeste: "Melhor k tu, só tu, pk tens uma paciência interminável, pões os amigos acima d tudo... Pk dás o ombro kd os outros precisam... (...)".
E isso tudo não quer dizer mais do que o que disse. E depois eu tive de responder, tive de largar cá para fora o que andava aqui bem entalado. Quando me perguntaste e por que é que eu tinha voltado, não consegui impedi-lo mais e disse: "Porque descobri que não gosto, mas sim ADORO batatas fritas!"
Sei que percebeste bem a metáfora, aquela usada há quase um ano...
Não creio que o tenha dito para conseguir algo de ti. Não o disse esperando algo também. De certo que não. Disse simplesmente por ter forçosamente de o dizer. E quando o fiz, senti-me muito mais livre, sem aquele enorme peso dentro de mim, aquele tipo de mensagem sobre a qual depois pensamos "Se eu morrer hoje, já não fica por dizer...!"
E depois tiveste a reacção esperada, aquela bem do tipo "vou ali e volto já". Aquela reacção que me fez rir sozinha o pensar nas histórias do "marido que sai para comprar cigarros e jamais regressa....!"
Pois. Ri-me sozinha. Fiquei um pouco nervosa popr o ter dito se calhar nas primeiras duas horas após. Depois passou-me. Já o tinha dito. Tu já tinhas reconhecido que afinal eu não era assim tão dispensável nem tão pouco importante como tinhas dito... E eu disse o que me apertava cá dentro. E depois foi como se fosse cada um para seu lado. Aquele típico conto de "e tinham tudo para serem felizes..." ao mesmo tempo que isso não queria também dizer absolutamente nada.
Fugiste. E pouco depois acho que deixou de me interessar.
E a surpresa foi quando no dia seguinte, sábado, bem perto da meia-noite, te metes comigo no MSN como se nada fosse... E depois ainda agradeces o 212 que te ofereci e acrescentas que fez sucesso com as meninas (Isso sei eu, pensei!). E depois no domingo mandas mensagem e como não respondo logo (por estar a lanchar tardiamente depois das 19h), tentas ligar.
Vejo a chamada e ligo eu. Oferecias-me uma gatinha bebé que um amigo teu tinha encontrado. (E tinhas de me ligar a mim por isso?! Pensava que tinahs fugido!) E depois quando me preparava para desligar, começas a fazer perguntas sobre as dúvidas habituais, as mesmas que serviram de pretexto para te aproximares. E depois, no meio de tudo, digo-te que te vou deixar o que precisas no nosso local de trabalho. Já depois disso tudo acordado, não sei como a conversa deu a volta para irmos lanchar na 3ª. Terça não posso, disse eu. Não faz mal, acrescentas tu, estou "aí" 3ª, 4ª e 5ª. Vamos 4ª!
E pode parecer a alguém que isto tudo importa muito. Mas não importa mais do que aquilo que é, do que aquilo que foi. E isto porque creio que há pessoas que nunca mudam e teria de haver um MUITO HOMEM em ti para finalmente admitires aquilo de que tens medo.
Eu? Eu fiquei parada à espera de ti muito tempo, depois comecei a avançar, primeiro devagar, depois mais apressada e foi só quando comecei a correr alegremente que me chamaste. Esperei. Alcançaste-me a passo um pouco lento e algo incerto.
Voltei-me e olhei-te. Olhei-te depois de cada vez que me chamaste, mas não voltei para trás. Agora, dois dias de silêncio, já me voltei de costas para ti e avanço a passo rápido "a água não corre duas vezes debaixo da mesma ponte" e, além disso, "quem quer as coisas luta por elas, dê lá por onde der". E eu bem sei que és capaz de lutar pelo que queres. Se não o fazes, se calhar isso quer dizer que a mensagem de há 9 meses atrás não estaria muito errada.
A vida segue lá fora e eu só quero ser feliz. Eu mereço ser feliz! Por isso, olha... vou... fui!!!
Se alguém quer... corre atrás com um ramo de rosas vermelho-negro na mão e traz de volta carregando ao colo! ;)
Um beijinho a todos os que por aqui passam!!!
Continuo brevemente esta minha história da vida real.
Nunca, mas NUNCA!, deixem de acreditar que poderão ser felizes! ;)
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