Alterações...

Iva, tenho más notícias... 5ª feira, não vai dar.

Respondo ok e pergunto porquê, sem muito entusiasmo e também sem tom seco. De forma normal, acho eu.

Recebo um telefonema em troca. Cerca de 3 minutos, a explicar.

Depois, à noite, novo telefonema... aliás, mais três... a linha falhava ou algo assim... Do primeiro desligou-se por não conseguir perceber, ainda comecei a responder em sms, mas recebo logo nova ligação. Se do primeiro foram quase 50m, o segundo chegou mesmo aí e o terceiro chegou aos 40. Afinal parece que há alguém que sempre sentiu a minha falta.

Ah, parecemos os miúdos, a falar das coisas... Pois, respondo eu pensando "mas onde é que queres chegar?!". Mas estava divertida e sem muita vontade de puxar pela cabeça para pensar. Férias juntos? Sim, era giro, mas desmarcaste as outras todas... já não acredito em ti. Desculpa. A experiência ensinou-me isso. E, bem, hoje também aprendi um pouco mais ao ver que não sabes do que gosto... ao perceber que afinal nunca me tinhas bem ouvido. Mas era a minha presença que te faltava, alguém que falasse a mesma língua que tu, que te entendesse e passasse a mão pela cabeça dando-te, em simultâneo, força para continuar. Era disso que sentias falta, não era?

Ah e tal... depois ainda falaste de pintura, de viagens (de decoração também), de mil e uma coisas que sabes que também adoro... para quê? Ah, é verdade, não te perguntei! Então e a namoradinha, 'tá boa? Qual? Então aquela de que falavas nas tuas reuniões! Aquela que, caso tenha mesmo existido, te deve ter dado tampa fazendo-te lembrar de mim!

Pois, Filhka, as conversas espalham-se como o pólen pelo vento e as coisas sabem-se... sabias?

Não escrevo amargurada. Apenas cansada. Cansada de querer acreditar que um dia sentiste algo por mim... cansada de acreditar que um dia ias deixar de ter medo e... exausta por acreditar que um dia irias ouvir o teu coração e lutar por mim. "Tens uma paciência infinita", disseste tu. Ai tenho? Ai sim? Pois, olha... acabou-se! Acabou-se, sabes? Vivo o agora, não o amanhã. Mas como já passa da meia-noite podemos abrir uma mini-micro excepção... E amanhã praia? Só para mim. Ah e tal não me apetece. Paciência! A mim apetece-me e muito!!! E, se Deus quiser, vou! E 5a não há horinha de estudo nem companhia para a reunião, mas sabes...? Essas coisas têm de se fazer... e fazem-se...

E no fim disto tudo, pergunto: qual o motivo de quase três horas ao telefone? Até parece que me querias ouvir... ou quê?! Até parece que a tua ânsia é tanta que queres colmatar o afastamento de 9 meses e viver tudo em ...3 horas?! Tanta, tanta coisa por contar!!! Mas que para mim já perdeu a importância... Olha, desculpa! Tantas vezes que eu precisei de ti a meu lado...! Mas agora isso também já não importa! E para ti... parece ter importância... Porquê? Até quando? Vais iludir-me de novo e ... nada!

"Acho que gosto de ti...!" Pois, sim...! LOL. BIG BIG BIG LOL!

Aposto que já nem te lembras em que dia escreveste isso! Eu lembro-me, sabes? Foi dia 12 de Junho! Do ano passado.

Afinal o que é que tu queres?

"A minha avó já não me pergunta por namoradas há muito tempo.... (...) Vai pensar que vou com os malucos dos meus amigos daqui... Vai pensar que é namorada..." Obviamente que cortei a conversa! Se era amizade que querias, é isso que tens. Parabéns! Ganhaste! Agora não me iludas mais. Eu ainda estou a tentar perceber se é possível haver amizade. Mas duvido. Queres um namoro sem compromisso e sem toque disfarçado de amizade, que é como quem diz... queres colo! Pois... compreendo... mas não tem de ser assim comigo, pois não? Mereço ser feliz! Não mereço que brinques mais com o meu coração! Não mereço, pois não?

E não, não estou chateada nem revoltada nem aborrecida. Estou apenas eu... a tentar perceber, como antes, mas simplesmente sem dar muito mais tempo do que o aqui dispensado para escrever...

Um beijo, dorme bem. E sê um homenzinho... sem medos, com certezas e ouvindo o coração! Sê feliz, como eu...!

...

Iva*

canção: «Uninvited, Alanis Morrisette»