Iva's place

Aqui, fala-se de amor...esse sentimento louco que mexe cá dentro e nos faz vibrar de emoção.

Seja curto ou duradouro, dele todos queremos um pouco ou não pule cá dentro o coração!

Bem-vindos!

Iva*

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Medo de amar...


Sempre me disseram para não ter medo de nada.
Sempre me ensinaram que devia respeitar todas as criaturas da natureza e a própria natureza e, respeitando-as, não deveria ter medo de nada.

Na verdade, sempre me ensinaram muito sobre muitas coisas, mas ninguém me ensinou nada sobre sentimentos.

Nesse sentido, acho que sempre tive medo que me tocassem. Não exactamente o corpo, mas que o toque fosse como um corte profundo que me atingisse a alma de forma inabalável! Sempre tive medo e creio que sempre fugi. Poucos houve que me tivessem conseguido tocar de forma mais intensa, mas houve sim. Na verdade, recordo-me das pessoas de quem gostei e de quem amei, sempre com muito carinho, apesar das mágoas.

Se amei só uma vez? Bem, na verdade creio que me permiti amar duas (a terceira tem a ver com o Lacoste e é mesmo muito discutível (e na verdade não quero falar dela)... demasiado recente!).

Tive o meu grande amor platónico - 9 anos! SIM! NOVE ANOS!!! O amor adolescente, que me fez crescer e amadurecer, ainda que nunca tivesse havido sequer um toque de mãos, um beijo, um abraço... no entanto, ficou uma grande amizade, muito bonita de facto e acho que essa cumplicidade nem mesmo o tempo conseguirá apagar.



E tive outra pessoa de quem fugi, que até achava chato de início e que intrigas e inveja separaram de mim. E com ele vivi um amor a sério. Uma pessoa que aprendeu a dar-me a mão quando percebia que eu estava tensa, que me abraçava, quando estava triste, que sabia ser honesto, sincero e me dava toda a segurança que eu precisava para avançar...



Infelizmente, a distância é um problema. E isso fez com que ele acabasse por dar ouvidos a uma suposta amiga que se tornou comum (sendo inicialmente minha)... e levasse a terminar tudo, aparentemente, porque a culpa era minha. Fê-lo na véspera de o ir ver, quando eu tinha comprado um grande bolo de chocolate ( preferido dele!), escrito um postal mega-gigante, e dedicado algumas horas no computador a preparar-lhe algo especial. E terminou por mensagem...



Creio que desde então, tenho passado pela vida, translúcida, tentando não dar nas vistas, apesar de ser estranhamente muito notada (deve ser por não querer ser notada que todos reparam em mim).

Passaram alguns anos, muitos anos, dirá muita gente e com razão, mas, na verdade, apesar de ter tido dois "pequenos episódios", bem, três para contar mesmo tudo, se bem que esse foi mais platónico que sei lá... nunca deixei alguém se chegar tão perto como ele. Não só por uma questão de distância em kms... bem, talvez por isso, mas também porque duvido que alguém me consiga dar a confiança e segurança de que preciso para voltar a dar o meu coração.



Sinto-me bem mais confortável no meu cantinho, sem ter de me incomodar em ter medo, em entrar em pânico por estar apaixonada e não saber o que se segue, não saber controlar essa paixão e sentir que estou dependente de outra pessoa. Claro que nada iguala a magia do amor, mas, também posso dar o melhor de mim de outra forma, ajudando outros!

Certo, não tem nada a ver, mas ninguém me pode censurar por ter medo que me toquem a alma e me roubem de novo o coração, certo?!



E aqui está! Finalmente admito! Tenho medo de amar! Aliás, creio que se trata quase de uma fobia!
Pensar naquela sensação primeiro de borboletas e depois de murro no estômago, daqueles suores frios, uma sensação quente e fresca, as pernas que tremem, a boca que só se abre para dizer coisas estúpidas... o tropeçar em tudo o que está e não está no caminho só por estar na presença dessa pessoa... entre muitas outras coisas!!! Como, por exemplo, olhar horas e horas para o telemóvel a ver se toca, esperar que uns meros caracteres cuidadosamente organizados possam dar azo a um grande sorriso e a uma sensação de ego superior da minha parte... Hummm, é muito bom, mas põe-me "um medo do caraças!"

E está dito! Agora podem apagar tudo o que leram. ahahahah. A intenção era só admitir, não recordar-me constantemente que admiti! :P

Iva*

3 comentários:

Anónimo disse...

IVA 21%
- apesar de ser estranhamente muito notada... ( sua vaidosa assumida..)
- dar o melhor de mim ajudando os outros ( ai a madre teresa de calcuta)
Será que no fim só restamos nós e as nossas circunstâncias? Porra e os sonhos onde ficam?
Isto para uma segunda-feira de manhã está muito chato, muito pretugues. Detesto o fado IVA.
B..

Eunônimo disse...

"Não importa o que tiraram de você, o que importa é o que você vai fazer com o que sobrou"...

Iva disse...

Sem dúvida, Eunónimo!

Alguém criativo sempre faz alguma coisa útil e proveitosa com o que sobrou...mas, como tudo na vida, difícil é conseguir começar, complicado é ter coragem e dar o primeiro passo para agarrar nos restos e transformá-los em algo belo que possa, depois, florescer...

Iva*