Iva's place

Aqui, fala-se de amor...esse sentimento louco que mexe cá dentro e nos faz vibrar de emoção.

Seja curto ou duradouro, dele todos queremos um pouco ou não pule cá dentro o coração!

Bem-vindos!

Iva*

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pontos de situação... do meu coração!

After all, it all turns out to be what it should be!!!



Às vezes é preciso darmos vários passos atrás, para poder seguir em frente. 

Outras vezes, é preciso recuarmos kms, agarrar na bagagem que tínhamos perdido, encarar tudo sobre uma nova perspectiva, arrumá-la "sugadita" (que é como quem diz em linguagem de bebé "sossegadita") na beira do caminho, muito bem trancada, para podermos seguir em frente. Isto, apesar de sabermos que a sua carga é demasiado valiosa para ficar à mão do ladrão invejoso que por ali passe, tendo, no entanto, consciência, que, se a bagagem não ganhou rodinhas para se transformar trolley (ou seja, se não foi "actualizada"), o seu peso torna-se tão grande que deixaremos de seguir em frente com a nossa vida e ficaremos parados na poeira do caminho, ao sabor das intempéries e desnudos por completo face aos elementos da natureza.



Assim, apesar de guardar a chave desse baú num local muito especial, carregando-a ao peito, para sempre, pendurada num fio junto ao coração, admito que tenho de seguir em frente, guardando as memórias... e a chave. Esta, escondida dos olhares alheios, invisível aos pensamentos estranhos, insensível ao momento presente...

Foi assim que aconteceu com o Lacoste, ou A., verdadeira letra do seu nome. A primeira letra do alfabeto, a letra da palavra Amor, a letra da palavra que preciso para respirar... AR!

.....

Numa inconstância de sentimentos, 
perdi-me por um momento no meu labirinto inocente e egoísta de sentidos. 

No momento em que me perdi, 
encontrei-me junto a ti. 
Olhei tudo e tudo vi. 
Olhei para todo o lado, mas a ti... não vi!

Nesse momento indiferente, escrevo no futuro este poema,
completamente certa que as palavras nunca chegarão a ti,
consciente do momento em que me viste e eu não te vi,
porque de mim simplesmente tinha pena!

No momento presente toca uma música de piano no coração.
Dói a alma, ela já não pequena,
Doem-me em mim os meus sentidos, mas não de ilusão.
Sinto num abraço apertado o compasso desregrado,
do meu coração,
Doem-me todos os sentidos. 
Doem-me os suspiros e os latidos
Novamente, do meu coração.

Dói em mim tudo o que sente e ama, mas fui eu que fiz a minha cama.
Dói-me em mim Eu mesma, nem sempre serena,
pois de mim tive pena no dia em que te conheci.
Dói-me em mim uma dor forte do dia em que me viste... e eu não te vi!

No entanto, A., a vida é feita de momentos e, quem sabe?, o momento em que me viste e eu não te vi, fosse comum só a mim, que julgo agora pensar que sempre te vi, mas na verdade não foi aí que te conheci. 


COSE DELLA VITA (clicar para colocar música e continuar a ler depois)


Talvez tenha sido meu aquele pedaço de ilusão a que me permiti por segundos pensando que me vias e eu não te vi.

Agora não adianta. O tempo passa, as oportunidades passam. Neste momento, fizeram-me voltar atrás kms para te encontrar, como me encontraste, à beira do caminho, ao pó e à chuva. Foi preciso obrigarem-me a voltar, para com a chuva, conseguir ver finalmente o sol e ver-me como tu me viste, sentindo o que (talvez!) tu sentiste!

E também neste exacto momento, após te ter dito adeus em Agosto, despeço-me, desta vez deixando para trás o baú, independentemente do que poderei trazer comigo, de ti, além da chave. Esse ponto especial do que me mostraste, ensinaste, dos momentos partilhados, guardo comigo... a chave!... presa no meu fio com a cruz (FÉ) e o coração de gelo (Amor) junto do coração (por vezes tão fraco e cansado, mas sempre com imensa força para lutar e nunca desistir de acreditar!!!).

Não me sinto assim triste. Não me lamento. Obrigada pelo prazer de te conhecer. Obrigada, do fundo do coração. Isso ninguém me tira. O que eu sinto... (Curioso usar o presente distraída quando pensei estar a escrever no passado. Foi um erro de escrita, de sorte bendita. Vou corrigir!). O que senti e a forma como o que senti me fez sentir (que redundâncias, Deus meu!)... a forma como o amor me fez sentir, fez-me perceber que por mais efémeras e lucrativas que possam ser algumas situações, o que vale a pena nesta vida é amar.

O Gravatinha? Olha, não me perguntes! Se me conheces sabes a resposta. Não vivo de aparências, meu querido! E, olha, gravatas... HÁ MUITAS! E, se me atraem gravatas, o certo é que na hora de tirar as máscaras e os trajes, não são as gravatas que ficam ou que importam, portanto...! 

Gravatas para quê?! Eu e uma gravata não saberíamos nunca desfrutar de um momento em silêncio, olhando o mar e sentindo a suave brisa embater-nos na face, inspirando doce e profundamente o forte cheiro a maresia que me faz sonhar e me transporta, tantas vezes (mesmo longe do mar) para junto de ti!

Eu e a gravata nunca seremos (simplesmente porque nunca fomos) duas faces de uma mesma moeda. Mas, espera aí? As gravatas têm cara? Hummm, não me parece.

By the way. Doctor Tie strikes again! "Eles andem mesmo aí!" e o Gravatinha volta  atacar. Acho que para tentar crescer no seu ego umbilical e tentar provocar que pode, quer e manda em mim! Lamento, Doctor Gravata! Não poderias estar mais longe da realidade.

Na verdade, ainda ontem caminhava calmamente pelo jardim e dei por mim a perceber que o que me atraiu tanto nele foi o que ele tanto (tentou!) copiou de ti! Todavia, tirei-lhe as máscaras, pouco ficou. Tirei-lhe a gravata e nada ficou, pois, ninguém consegue fingir tudo o tempo todo.

Queres saber mais? Desculpa. Desculpa mesmo, mas para me permitir ser eu como quero e ser feliz, tive de deixar de mim, essa parte de ti, para trás no caminho. Mas não fiques triste. Não estás sozinho. Nem nunca estarás. Guardo-te aqui, num cantinho, bem juntinho do meu coração. Para Sempre. Como mereces. Como mereces, MESMO! :))

«Ponto de Luz, Sara Tavares»


"Algum tempo depois da minha jornada para me encontrar... E após me ter encontrado... Parei para descansar. Tinha a certeza que esta vida nunca seria em vão. Nunca pode ser em vão quando se amou de verdade. Mesmo que não tenha sido a dois. Na verdade, nunca foi tempo perdido, nem dinheiro atirado fora (se considerares, como consideras!), que tempo é dinheiro. 

Nunca foi em vão comer bife de sola naquele jantar em que nos conhecemos, com arroz espapaçado, só para falarmos os dois. 

Nunca foi tempo perdido, ver-te cavalgar as ondas, como se um anjo com asas pela suavidade com que fazias tais acrobacias.

Nunca foi tempo perdido as mensagens partilhadas sobre sonhos, quando pensaste depois que eu nunca me iria lembrar delas...

Nunca teria sido tempo perdido os jantares que partilhámos, as piadas que contámos, os argumentos que usámos nas nossas teorias estranhas (estranhas para os outros!) sobre tudo e qualquer coisa. Obviamente que não poderia dizer que concordava contigo! Iria parecer demasiado suspeito, até mais porque eu desconfiava que lias a legenda dos meus pensamentos por vezes e os libertasses antes que eu os conseguisse verbalizar... :))

Nunca foram minutos perdidos, todos os que me ligavas, aos domingos, entre as 14 e as 15:30 com uma certeza britânica... mas foram minutos perdidos aqueles em que não tive a coragem de fazer o mesmo, por receio que estivesses ocupado... Curiosamente a mente e os dedos traíram-me quase vezes sem conta, quando me enganava e te mandava mensagens por engano, incluindo uma sobre o gravatinha...! caraças para mim!

......

É estranho, curioso... sei lá, é tantas coisas! É estranha a forma como um sorriso acende em nós uma luz, estranha, que nos acende a alma, que nos aquece por dentro, como mil sóis, que nos conforta com a suavidade de mil abraços, que nos eleva aos céus com a doçura de um beijo dado na testa na frescura de um abraço amigo. Não, não trocámos abraços, nem beijos na testa... tudo isso é conversa! Mas é interessante a forma como isso em mim desperta emoções. 

Curiosa a forma como um simples sorriso que nos é oferecido sem consciência, nos pode fazer sentir uma pessoa mais leve e, simultaneamente, uma das melhores pessoas do mundo, capaz de dar sem limites, crescendo em mim uma vontade enorme de ajudar toda a gente, de dar o máximo e o melhor de mim... para que aquele sorriso se repita muitas vezes, muitos anos, para sempre!, todas as vezes que trocarmos um olhar!!!

Por tudo isso, parto. Hoje tenho mesmo de partir. Não posso adiar mais a minha partida. Mas também não posso negar a tua existência na minha vida. NUNCA. Por isso, guardo os meus bons momentos. Meus pois decerto foram mesmo só da minha parte sentidos (isto às vezes é tão complicado).

Não me procures, não me prometas, não me puxes, não me agarres, não me abraces, não me beijes. Não me perguntes. Não questiones o que sinto por ti! 

Não me faças tremer as pernas agora que vou prosseguir viagem sem ti, o meu baú - arca cheia de tesouros valiosos que me ensinaram a ser uma pessoa plena, melhor, mais doce, mais amiga, mais brilhante, eu mesma, não a personagem Iva atrás da qual me escondo por necessidade de me ocultar (podendo ou não chamar-me mesmo Iva. É um melhor disfarce...! A verdade!!!).

Não me puxes, porque eu não quero voltar.
Não me perguntes, porque eu não quero responder.
Não me sintas, porque eu não te quero sentir.
Não me perguntes porquê. Porque eu não quero dizer que tenho medo. Muito medo! Muito! Muito!
Não me dês esperanças, porque eu não quero acreditar nelas. Não me peças, porque tenho medo.
Não me mexas, estou confortável!
Não me toques, não quero sentir. Não quero sentir-te!

Afasta as mãos do sítio especial onde aprendeste a tocar-me, arrepiando-me, sem ninguém perceber. Disfarças bem, mas eu não!

Não me olhes, não quero ver-te.
Se te vir, sinto-te e eu não quero sentir-te!
Não me puxes para fora do casulo, tenho frio.
Não me abraces, tenho medo.
Não me prometas, não digas palavras! Com palavras não sobrevivo, preciso de actos.
Não actues, tenho medo de te olhar de novo.
Tenho medo de te acreditar!
Se te acreditar, solto a chave e nesse baú verás o que sinto.
Portanto, não me peças...Não me perguntes... tenho medo.


Medricas. Sempre fui.
Deixa-me só ser. Por isso não faças barulho, não sussurres! Não me puxes o queixo para cima, não te quero olhar, tenho medo de te olhar. (Se te olho, como te nego?) Por isso não me perguntes e deixa-me ir...

Promete-me apenas que nunca te esqueces das minhas palavras "Nunca é tarde demais para lutarmos pelos nossos sonhos. Temos uma eternidade à frente, mas uma só vida para viver de cada vez".

Doce, suave, embalado pelo vento, guardei num baú (aquele de que trouxe a chave!), o meu sentimento e agora vou...


:))))

Não é triste não ser correspondido quando se ama. Triste é não saber despir o outro das aparências deste mundo para amá-lo de verdade, pois, triste é não saber amar assim! A isso chamo futilidade e ser simplório!"


Não me perguntes. Vou negar.
Não repitas a pergunta. Vou continuar a negar.
Não me digas que minto. Não quero chorar.
Não me digas que minto ao negar. Tenho medo. 
Medo de amar.
Medo de te amar.

Por isso hoje abri um pedacinho do castelo do meu coração e escrevi-te. Pela última vez.
Deixando o caso Gravata arrumado (pela parte má, claro!), mas despedindo-me também de ti, a parte doce (ainda que me tenhas dado uma palmada há uns meses, que não esqueci!!! ATREVIDO! AHAH).

Hoje abri o meu coração para ti. Voltei kms atrás. Tranquei o baú. Guardei a chave. E parti. Não, meu querido. Não parti. Parto agora.

Obrigada por existires, por sempre acreditares em mim. Obrigada pelo sorriso, por todos os sorrisos!

"Obrigada por seres um ponto de luz, que me guia e seduz", aproveitando parte da canção, assim me despeço, okis?


bjoka (como tu dizes)


"Agora a tua vida é o instante em que vives.
Nada mais, nada mais,mas não te lamentes. Sê inteiro na dignidade de
ti." Vergílio Ferreira, "Para Sempre"

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive"

                  Ricardo Reis


(Com os olhos brilhantes de lágrimas que me tornam os olhos repolhudos, mas que acabam por não cair, e o coração cheio de amor, ternura, serenidade e muita paz, preparo-me para a última palavra. Sorrio, feliz. Pelo bom que sempre foste na minha vida, mesmo quando tudo o resto era negro.)

Adeus!

2 comentários:

Eunônimo disse...

Parabéns pela decisão!! Bravo!!
Fiquei sem folego.
Bjo gd

Iva disse...

Pois, foste tu e fui eu!!! Infelizmente, são decisões que custam mas que temos de tomar. Não podemos andar a vida toda "à espera de Godot!!!".

Obrigada pelo comentário!

Bjoka