Pensando que estava a escrever “para o boneco”, afinal não estou… Com tão poucos comentários, sempre pensei que fossem poucos os que lêem a página, afinal, a julgar pela conta de mails, parece que não são os poucos que eu julgava. Assim sendo, vou contar-vos uma história. A minha.
Eu e os gatos
Sempre adorei gatos. Não sei explicar o porquê. Apenas sempre os adorei. Muito, muito. E o seu ronrom seguro, hummmm, simplesmente relaxante. Sempre gostei de animais, mas os gatos foram os especiais, os “tais”.
Isso traz-me de volta aos dias de hoje. Afinal descubro que sempre adorei gatos pois sou como eles. Nas relações, isto é.
Detesto ser pressionada. Detesto esperarem sempre que eu saiba o que tenho de fazer numa relação, quando é óbvio que não sei. Detesto, qual os gatos, a forma como sou “abandonada” apenas por me afastar uns tempos quando, na verdade, gostaria de ser procurada com um belo pratinho de whiskas…
Os gatos são independentes, brincalhões, muito carinhosos, mas também se põem a milhas se os ofendem. Tremendamente orgulhosos e muito ofendidos se não os elogiam (no visual) ou não lhes fazem umas festinhas…
Talvez eu seja um gato. Talvez eu seja como os meus gatos. Medricas se me fecham a porta da rua, pensando não poder escapar, temerosa se me fecham a porta da rua para não poder entrar. Acima de tudo, um espírito livre que não quer ser preso, mas que sonha poder desejar, ele mesmo, ficar preso por vontade. Amarga por vezes, demasiado doce noutras, salgada o tempo todo, mas sem misturas agridoces. Na verdade, não gosto muito de misturar sabores. Enjoa-me. Adoro usar saia e vestido, mas raramente o faço porque até hoje sempre me preocupei mais com o que os outros diziam do meu físico do que aquilo que realmente gosto de usar.
Sempre quis fazer um cruzeiro pelo Mediterrâneo, poucos o sabem, mas ninguém sabe que talvez deva essa influência ao facto de ter visto “N” vezes a série “The Love Boat”. Sou boa ouvinte e boa conversadora, mas raramente digo o que de facto penso. Não é ser hipócrita, é ser diferente e ter consciência que penso de forma diferente. Sempre pareci observar o mundo pelo geral, mas na verdade sempre o observei pelos pequenos detalhes, tal como faço com as pessoas, as cores, os tons, o timbre, o cheiro, a textura… o sabor. Quando quero uma coisa, quero-a pelo seu todo, mas, de facto, só quero a totalidade para poder absorver, segundo a segundo, tudo aquilo que a compõe, molécula a molécula, para a viver na sua integridade.
Digo sempre que não perdoo nada, mas acabo por perdoar se considerar que fui injusta. Digo sempre que o amor pode perdoar quase tudo, mas acredito que tudo se pode perdoar quando se ama. Digo sempre que não sou lamechas e talvez só tenha demonstrado essa faceta uma vez ou duas na vida, mas o que vai cá dentro é muito lamechas.
Digo sempre “nunca mais”, mas acabo, eventualmente, por voltar a acreditar, apesar de deixar passar muito tempo para o fazer e ainda que mais ninguém acredite.
Tenho medo das surpresas, mas adoro ser surpreendida. Tenho medo de ter medo, mas tenho medo muitas vezes e daí não tem necessariamente que vir uma coisa má.
Prometo sempre que da próxima vez não vou correr, não vou fazer ninguém sair a correr, mas acabo por cometer sempre o mesmo erro, apenas por ser uma forma de provar que … bem, de tentar provar que é impossível todas as pessoas do mundo falarem dos seus sentimentos da boca para fora.
Afirmo sempre que não sou forte, que tenho medo, que não sou capaz, mas sou a primeira de quem todos se lembram quando se fala de garra, força, coragem… e eu às vezes não consigo entender porquê. Não é falsa humildade, é receio de ser esquecida e de ninguém ter saudades minhas por nunca me ter visto, como sou, verdadeiramente.
Digo sempre que não acredito em impossíveis, mas… sou a primeira a acreditar que a impossibilidade é apenas um ponto de vista e uma falta de atitude!
Digo com frequência que é tarde demais, contudo não acredito mesmo nisso. Nunca é tarde, até ao cair do pano, até ao último fôlego, até ao último segundo antes da meia-noite.
Tarde demais e impossível é apenas vocabulário digno de perdedores. Vencer essa “hora tardia” e/ou essa “impossibilidade” é de facto uma questão de perspectiva e de ATITUDE “de homem” diria eu, mas sou mulher, portanto, corrijo para “ser humano”.
Não existem impossíveis. Não existe infelicidade que dure para sempre. É cientificamente impossível.
De volta,
Iva*
P.S. Obrigada pelos e-mails.
AMANHÃ É UM OUTRO DIA. UM NOVO. TIME TO START IT ALL OVER AGAIN!
«Pensamento positivo, atrai coisas positivas!» That's it!
2 comentários:
Ainda bem que estás de volta!
Eu não consigo enviar-te mails, ainda não percebi bem o porquê...
Um Grande Beijinho!
Olá olá!!! ivafilipacristina@gmail.com Era este que tinhas?!
Bjokas ;)
Enviar um comentário