Hoje estava eu na avenida, junto ao meu carro ao telemóvel. Tinha ido a vários sítios e, regra geral, mal chego junto ao carro, salto para o conforto que é sentir aquele quentinho num dia gelado e logo trato o que tenho a tratar depois. Hoje não.
Não sei bem porquê, mas fiquei junto à parte traseira do carro (a mais próxima da estrada), a mandar uma mensagem e depois a aderir a uma campanha de 1euro para falar "N" horas sem a habitual taxa.
Estava frio, mas eu encostei-me ao carro e estava justamente a ouvir a mensagem de adesão quando mais um carro passou nas minhas costas. Olhei. Eras tu.
Tremi, gelei, senti um calorzinho agradável cá dentro e depois estremeci: com tantos sítios em que ambos poderíamos estar, qual seria a probabilidade de estares na vila da minha terra, a passar naquele sítio, àquela hora, quando eu só permaneci junto à traseira do carro por uns 5 minutos, se tanto?
Depois olhei para o chão e enfiei-me dentro do carro. Senti uma profunda tristeza cá dentro. Creio que não me viste, mas até acho que sim! Pois é... quase se passaram três meses... E hoje, no meio do nada, cruzámo-nos sem nos olharmos...
Parece que o Universo se continua a encarregar do nosso Destino e a fazer com que nos cruzemos para não nos esquecermos um do outro. Eu, pelo menos...
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