E para quem resolve tirar uns diazitos neste mês semi-outonal para uns dias na praia, apesar das temperaturas muito frias que já se fazem sentir, ao contrário do ano passado em que andei até fim de Outubro de alças e sandálias, há sempre aspectos que não passam despercebidos. Neste caso, os banhistas tímidos - aqueles que escondem o corpo por algum motivo, muitas vezes invisível aos olhos dos outros... e se dedicam a, timidamente, apanharem uns raiozitos de sol, meio escondidos entre o chapéu de sol, grandes chapéus/bonés na cabeça e gigantescos óculos de sol.
Diria eu que Setembro é o mês dos solitários, que reparam sem tentar disfarçar, nos poucos casalinhos que se dirigem à praia, sem rebentos a chorar, a rir, a saltitar, seguindo-os carregados de brinquedos e birrinhas de criança. Setembro é o mês dos solitários, da mesma forma que Agosto o é das famílias, em especial aos domingos onde pai-chateia-mãe-e-mãe-chateia-pai-para-satisfazer-os-caprichos-do/a-pequeno/a-e/ou-de-uma-nova-gravidez.
Estas pessoas são solitárias e escondem-se. De tudo. Do amor também.
O que foi que as fez esconder assim?
E, de súbito, a praia parece-me falésia, abismo, convento...
repleto de almas sem eco, soltas ao vento...!
Iva*
1 comentário:
Nunca tinha visto a realidade que descreves desse angulo...
Dá para meditar...
E não será que até podes estar certa.
O mesmo objecto, pessoa, lugar... visto de angulos diferentes são diferentes (desculpa a redundancia).Obviamente, mas aqui o que me chamou a atenção foi a facilidade com que me fizeste relembrar ou entrar isso na cabeça.
De que se escondem PARTE das pessoas que vão para a praia em Setembro: delas proprias, dos outros, do sol, do amor..., não sei, mas de alguma coisa é...isso é claro.
Escaravelho
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