(pôr a tocar antes de ler)
... não movem moinhos!
Creio que a canção que estão a ouvir (aqui em vídeo no início do post - (parem primeiro a música na barra do lado direito!) dos Fun Boy Three), acaba por expressar, pelo seu ritmo, o que foi o meu último ano.
Quase a fazer um ano sobre a minha liberdade, que doeu e custou mais do que possam imaginar, muito se alterou na minha vida. Primeiro vieram as amarguras, mas o resto foi bom, muito bom. Poderia ser excelente, mas batalho a cada dia para que assim o seja.
No último ano:
- aproximei-me mais dos amigos que já tinha (que são excelentes, mesmo)
- fiz novos amigos
- progredi na carreira
- fui reconhecida fora do meu local de trabalho e, consequentemente, contratada para fora
- troquei de carro, para um muito melhor
- terminei a minha tese (que defendi, meses depois, obtendo algo que não esperava: NOTA MÁXIMA)
- recomecei a escrever a sério, como antes
- recomecei paixões que tinha deixado para trás (falo em hobbies) e acho que ainda me saio melhor que antes
- aprendi finalmente a aceitar-me exactamente como sou, diferente dos outros, mas com sentimentos iguais
- aprendi a aceitar, enfim, que nem sempre as coisas têm uma explicação
- estou a aprender que as oportunidades para sermos felizes não batem duas vezes à mesma porta, nem ficam ali paradas à espera que decidamos abrir... mas oportunidades novas podem sempre surgir se não pararmos de acreditar e de lutar
- estou a aprender italiano, lentamente e por mim mesma
- já não fecho a janela, ficando deitada às escuras horas a fio, mas aprendi a abri-la e deixar entrar até ao último raio de luz
- aprendi que não preciso de companhia para desfrutar um belo pôr-do-sol pois ele será sempre algo absolutamente lindo, inexplicável e que transmite imensa paz e serenidade, em especial se for à beira-mar
- ando a arrumar, limpar, organizar e deitar fora coisas de que há não preciso e, consequentemente, organizo a minha mente
-acho que ando finalmente a aprender que o meu mal nunca foi não saber amar, mas ter demasiado medo de me deixar amar... o que acabou por atrair a mim pessoas que não me trouxeram muito de positivo...
- sinto-me vazia no coração pois quem parte ou quem não fica acaba sempre por levar um pouco dele consigo, no entanto, e como li há dias em Identidade Trocada, se até os neurónios levam tempo mas acabam por se renovar e renascer, também o mesmo pode acontecer ao coração
- dedico-me cada vez mais a ajudar os outros, pois só assim sou feliz, e já não tenho medo do que certas pessoas pensam por querer ajudar
- amo o que me rodeia e quem me rodeia acima de tudo e tenho cada vez mais FÉ
- aprendi que perdoar não nos cabe a nós, mas a uma entidade superior. Mesmo a quem não sei se consegui/consigo perdoar, aprendi a não guardar rancor, raiva ou qualquer outro sentimento que não seja mau para mim
- finalmente, aprendi que nunca é tarde para o amor, para amar... e a nossa felicidade pode estar à distância de um simples clique!
Que estejam e se sintam todos tão pacíficos, serenos e equilibrados como eu, apesar de vazia.
Tenham força e, sobretudo, muito fé que as coisas só podem mudar para melhor, assim vocês queiram.
Beijinhos, Iva Filipa*
P.S. Qualquer coisa, contactem-me por mail, pedindo convite para entrarem no blog "abrir o coração" ou mesmo por aqui.
«A vida é como dançar o tango: exibe-se, tropeça-se, seduz-se, sente-se, rodopia-se, mas o resultado final - com ou sem rosa oferecida por quem nos ama - só a Deus cabe e será sempre inesperado» by IVA*
1 comentário:
Compreendo o que sentes, o post expressa bem os sentimentos e o misto de emoções que te incomodam e completam.
Vive um dia de cada vez sem pressas.
Tudo de bom
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