Saberás se amas verdadeiramente quando sentires que és capaz de fazer tanto pela outra pessoa como por ti mesmo.
Amar é partilhar, é aceitar o outro como ele é, com as partes boas e más.
Amar é construir uma casa não tijolo a tijolo, mas grão a grão para só depois de moldado formar um tijolo. E durante essa construção há dias bons e maus, tal como connosco mesmos em que um dia nos olhamos ao espelho e nos achamos as criaturas mais cativantes no mundo e no dia ou momento seguinte sentimos que não somos tudo o que gostaríamos de ser.
O amor não se cria do nada. Nasce quando há semente e essa semente tem de ser regada, tratada, acarinhada para florescer e originar, quem sabe, uma sequóia, uma das mais resistentes e duradouras árvores do mundo. Mas uma árvore assim não cresce num dia. Está sujeita aos elementos e se for apressada pode ser vergada pelo vento, arrancada por um raio ou apodrecer e/ou secar por excesso de água ou falta dela.
Todos nós temos receios.
Às vezes e estupidamente os mesmos receios (que a pessoa que amamos).
No fundo queremos mais que uma cara bonita… queremos ser amados, acarinhados e queremos sentir por vezes apenas a suave ternura de um abraço sem palavras. E isso é todo o nosso mundo e torna todo o nosso mundo um mundo diferente, um mundo melhor.
Mas, como todas as plantas, a flor amor deve ser construída a dois. Haverá dias em que um é mais forte, dias em que será o outro, dias em que ambas as pessoas implicam uma com a outra simplesmente porque a confiança é tanta que sabemos que o podemos fazer. E há dias em que ambos seremos fracos… é nesses dias que temos de dar as mãos e certificar-nos que nem um voa com o vento, nem outro cai e fica sem forças para se levantar. E nessas alturas é capaz de doer qualquer coisa cá dentro… que desaparece com a magia que um protector abraço cheio de amor consegue dar. Porque amar é dar! É sentir que nos damos ao outro sendo nós também. É aceitar opiniões mesmo que discordemos delas porque não há dois seres iguais no universo. Há, sim, duas almas que se completam, dois corações que se tocam, dois olhares que se cruzam, duas bocas a falar a mesma língua e dois corpos que se amam…
Escrito a 14 de Agosto de 2008 por Iva
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